Rainha dos caminhoneiros, Sula Miranda fala sobre seus projetos
Por Revista Caminhoneiro em 03/04/2017 às 09:41
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Sula Miranda iniciou sua carreira no final dos anos 70, quando ela, suas duas irmãs e uma amiga formaram um conjunto chamado de "As Melindrosas"
A biografia da cantora Sula Miranda é um daqueles casos em que o caminho artístico cruza com o empreendedor. A cantora foi a convidada dessa semana do programa Pra Frente Sempre, apresentado por Marcos Scaldelai.
O início da carreira artística de Sula Miranda foi no final dos anos 70, quando ela, suas duas irmãs e uma amiga formaram o conjunto "As Melindrosas”. A carreira no grupo durou três anos. “Houve um momento que decidi parar de cantar e queria ser decoradora. Entrei na faculdade e cursei Educação Artística, na Belas Artes. Não cheguei a trabalhar na área na época porque logo em seguida voltei para a carreira artística, mas dessa vez solo. Hoje também trabalho com decoração e amo o que faço” conta.
Quando decidiu voltar aos palcos, a música sertaneja vinha conquistando cada vez mais público no Brasil. A maioria das músicas falava da vida dos peões de boiadeiro e dos caminhoneiros. “Quando fui gravar o meu primeiro CD, eu já tinha em mente ‘quero ser a rainha dos caminhoneiros’. Todos cantavam música para esse público e se eu cantasse também eles iriam gostar de mim”, diz Sula.
A ideia de cantar para esse público e a identificação com eles funcionou tão bem que a cantora passou a fazer mais de 25 shows por mês. “Eu não canto música de caminhoneiro. Canto a vida da esposa do caminhoneiro. Isso foi uma estratégia feminina porque quem compra o CD é a mulher e ela quem presenteia o caminhoneiro para que ele se lembre dela durante a viagem e possa voltar para o lar”, explica.
Todavia uma boa rainha não procura só entreter os seus súditos, mas, também, busca o bem-estar daqueles que a seguem. “Estou com um projeto que é meu sonho, meu legado. É a construção do PACAM – Ponto de Apoio ao Caminhoneiro. Hoje, o Brasil não tem nenhum ponto de parada e descanso (PPD) regulamentado. Existem postos ou locais onde o caminhoneiro pode descansar, mas nada criado para ele”, revela.
O projeto consiste na criação de 35 unidades espalhadas pelo Brasil, com, no mínimo, 400 vagas para o motorista de caminhão descansar. “Eu trabalho nesse projeto há mais de cinco anos. A minha expectativa é que a primeira unidade seja inaugurada em setembro. Minha maior preocupação é levar mais conforto e valorizar o profissional que vive muitas vezes em condições desumanas”, explica.
“Estou com um projeto que é meu sonho, meu legado. É a construção dos PACAMs – Pontos de Apoio aos Caminhoneiros. Hoje o Brasil não tem nenhum ponto de parada e descanso (PPD) regulamentado. Existem postos ou locais onde o caminhoneiro pode descansar, mas nada criado para ele. Então, serão 35 unidades no Brasil inteiro com no mínimo 400 vagas de caminhões, vai depender de cada localidade, podendo chegar a um número bem maior”
“Eu trabalho nisso a mais de 5 anos. Temos empresas que estão nos apoiando. Acredito que possamos inaugurar a primeira unidade em setembro", diz. “Nossa preocupação é o bem-estar desse funcionário que é muito desvalorizado, que vive muitas veze em condições desumanas. Queremos mudar a cultura da estrada”, afirma.
Sula sabia que as pessoas que gostavam deste gênero musical, gostavam de ouvir falar da vida dos peões de boiadeiro e dos caminhoneiros. No final dos anos 70, teve muito sucesso entre o público infanto-juvenil, com o grupo "As Melindrosas”m vendendo um milhão de discos. O sucesso as levou a fazer um filme, uma comédia musical chamada "É proibido beijar as Melindrosas".
A fase de adolescência de Sula foi marcada pela participação no conjunto. Sua carreira no conjunto durou três anos. “Tive uma infância atípica. Desde os seis anos de idade já tocava, cantava", conta.
Sula falou também sobre a influência de seu pai: "Meu pai fez um pouco de tudo, ele foi até empresário de circo. Ele escolhia os lugares onde o circo iria ficar. Passei a minha infância dentro do circo. O que eu herdei do meu pai foi a disciplina. Meu pai criou a gente com uma disciplina quase militar. Tínhamos horário para tudo. Eu trouxe isso para a minha vida toda e agradeço muito a ele por essa disciplina que ele impôs”.
Veja o que mais Sula falou sobre sua trajetória:
“Somos uma família de mulheres guerreiras. Eu tive o privilégio de juntar a disciplina do meu pai com a garra da minha mãe”.
“Minha história de vida é de superação. Quando eu nasci, fui desenganada por 40 médicos, isso com 20 dias de vida. Era todo mundo apontando o dedo para mim dizendo que eu não iria dar certo. Então eu tive que me superar a vida toda”.
“As Mirandas era a fase não profissional, depois virou as Melindrosas. Com 14 anos, eu já vendia mais de um milhão de copias”.
“Entrei na faculdade, fiz Educação Artística, na Belas Artes. Foi um período meu que eu parei de cantar, que eu decidi ser decoradora. Mas logo em seguida, voltei para a carreira artística com a minha carreira solo”.
“Quando fui gravar o primeiro CD, eu falei quero ser a rainha dos caminhoneiros. Falei isso porque eu entendia que como os caminhoneiros gostavam de música sertaneja, se eu chegasse nesse público alcançaria meu objetivo. Todos cantavam música para esse público, se eu cantasse também eles iriam gostar de mim”.
“Eu não canto música de caminhoneiro, canto a vida da esposa do caminhoneiro. Isso foi uma estratégia porque quem compra o CD é a mulher e ela dá para o caminhoneiro para que ele se lembre dela durante a viagem e possa voltar para o seu lar”.
“Eu sou decorada profissional. Agora estou terminando uma obra que comecei do zero. Tenho parceiros que trabalham comigo. Eu amo fazer isso”.
“Eu trabalho nisso a mais de 5 anos. Temos empresas que estão nos apoiando. Acredito que possamos inaugurar a primeira unidade em setembro”.
“Nossa preocupação é o bem-estar desse funcionário que é muito desvalorizado, que vive muitas veze em condições desumanas. Queremos mudar a cultura da estrada”.
“Estou com um projeto que é meu sonho, meu legado. É a construção dos PACAMs – Pontos de Apoio aos Caminhoneiros. Hoje o Brasil não tem nenhum ponto de parada e descanso (PPD) regulamentado. Existem postos ou locais onde o caminhoneiro pode descansar, mas nada criado para ele. Então, serão 35 unidades no Brasil inteiro com no mínimo 400 vagas de caminhões, vai depender de cada localidade, podendo chegar a um número bem maior”, finaliza Sula Miranda.
Fonte: Pra Frente Sempre - iG