Considerando o combustível fundamental para o transporte de caminhões, assim como da maioria dos veículos automotores, o transporte de cargas corre risco de ficar mais caro por conta do aumento nos combustíveis.
Esse, que é um dos efeitos causados pela guerra na Ucrânia, levanta questões sobre um aspecto importante no trabalho. O valor gasto com combustível corresponde a cerca de 50% dos gastos dos motoristas.
Isso significa que o aumento é sentido, não apenas no bolso do caminhoneiro, como segue em escala. O diesel mais caro, sobe o custo do motorista, tornando o frete mais caro tanto nas transportadoras quanto para autônomos.
Essa reação em cadeia tende a encarecer todos ligados a ela. Sendo assim, empresas de transporte passam a cobrar mais, motoristas autônomos também. O valor do frete mais caro aumenta o preço dos produtos, que consequentemente ficam mais caros também nas prateleiras.
Um aumento no preço dos fretes e no transporte de cargas gera um efeito dominó no restante da economia, o que não apenas é preocupante, como coloca todos em estado de alerta.
De acordo com a S&P Global Platts, a gasolina e o diesel atingiram recordes históricos na América Latina após o início do conflito no Leste Europeu. No principal porto do País, Santos, já se aproxima dos US$ 1.000, cera de R$ 5.000 por tonelada, de acordo com o setor.
Para as companhias de navegação, hoje a principal preocupação é o valor do combustível. Isso porque, segundo a Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), os contratos de frete contam com o repasse imediato em momentos de grandes oscilações no preço do combustível.
Esse impacto, que afeta principalmente o trabalho dos motoristas e das empresas de transporte, é sentido no dia a dia, nas bombas de combustíveis, mas os reflexos indiretos desses aumentos também são sentidos nas prateleiras dos supermercados.
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