Governo e agentes de mercado começam a discutir soluções para reduzir riscos de falta de diesel no 2º semestre
O governo e os agentes de mercado estão preocupados com o risco de desabastecimento de diesel no segundo semestre. O aumento do percentual de biodiesel e dos estoques obrigatórios são algumas das alternativas em discussão após o alerta dado pela Petrobras de que pode faltar produto. Veja no dia 27/05/2022, matéria: Petrobras alerta para possível falta de diesel no 2º semestre no país.
A indústria de biodiesel faz pressão para que o governo aumente os percentuais da mistura do biocombustível no diesel fóssil. O aumento da mistura esbarra numa questão sensível ao governo: o preço do diesel. O mandato deveria ser de 14% (B14) a partir do 2º bimestre deste ano, mas, por causa da disparada dos preços do biocombustível, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu conservar o B10 por todo o ano.
Sendo assim, integrantes da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) estão buscando uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na próxima semana, para pedir um aumento na mistura do biocombustível ao diesel, indicou nota divulgada pelo grupo que representa o setor no Congresso.
O FPBio também disse que o objetivo é aprofundar a discussão sobre as medidas para dirimir o risco de desabastecimento de diesel, uma vez que uma mistura maior de biodiesel poderia reduzir a necessidade de importação do combustível fóssil, em momento de mercado apertado no exterior devido aos impactos da guerra na Ucrânia. Pelo cronograma de adoção do biodiesel no Brasil, a mistura no diesel deveria estar em 14% (B14) em 2022, mas o governo federal decidiu pela adoção de um B10 ao longo deste ano, citando que a medida se deu para proteger os interesses do consumidor quanto ao preço, qualidade e oferta dos produtos.
Foto: divulgação
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