Entra ano, sai ano e a história sempre se repete. A BR-158, uma das principais rotas para o escoamento da soja colhida em Mato Grosso, se transforma em um grande atoleiro, causado pelo excesso de chuva nessa época.
É um verdadeiro teste de resistência para os caminhoneiros e seus caminhões que ficam atolados dependendo de tratores para serem guinchados e conseguir seguir viagem.
Infelizmente para os profissionais do volante essa situação já se tornou rotina. Com muita sorte, neste mês, os caminhoneiros estão levando mais de 13 horas para conseguir passar pelo trecho do atoleiro.
Para se ter uma ideia da importância dessa rodovia para o escoamento da soja, a BR-158 liga o norte ao sul do Brasil e corta oito estados. Em Mato Grosso ela tem 800km de extensão. O trecho sem asfalto tem 120km. Não é pavimentado porque corta a Terra Indígena Marãiwatsédé dos Xavantes.
No local, uma empresa contratada pelo Departamento Nacional de infraestrutura de Transportes (Dnit) tenta suavizar os problemas resgatando os motoristas e jogando pedras pela rodovia.
O Mato Grosso é o maior produtor de soja do País. Neste ano, a expectativa da safra é de 35 milhões toneladas. A região nordeste de Mato Grosso produz quase 20% dela. Uma das rotas alternativas para o escoamento dos grãos é a rodovia estadual MT-322, mas que também não possui asfalto.
Veja também no nosso site a matéria da rodovia BR-230, denominada “Transamazônica”- https://www.revistacaminhoneiro.com.br/noticia/verdadeiro-atoleiro-tendo-trecho-recuperado.