Depois da manifestação que aconteceu na segunda-feira, dia 17, na entrada do Porto de Santos (veja matéria nesse site), boa parte dos caminhoneiros é a favor de movimentos sem interferir no seu trabalho.
Nesta semana, o que estão ocorrendo são manifestações isoladas. A paralisação da categoria tinha meta de pressionar STF a declarar tabela do frete constitucional. Julgamento foi adiado, mas as manifestações foram preservadas. Nada se compara aos bloqueios que foram feitos em maio de 2018.
No decorrer desses últimos dias, no site da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, presidente da Associação, publicou um comunicado: “A orientação é que a categoria pare em casa, faça manutenção do seu veículo, pare em postos de combustíveis com faixas em defesa da pauta e não crie bloqueios em rodovias”. O presidente da Abrava foi um dos representantes dos caminhoneiros na greve que parou o País.
No comunicado explicou que a paralisação dos caminhoneiros já estava marcada para o dia 19, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgaria três ações que contestam a constitucionalidade da política de tabelamento de frete rodoviário. A votação, contudo, foi adiada para 10 de março, quando entidades contrárias e favoráveis ao tema vão se reunir em uma audiência de conciliação na Suprema Corte.
Por outro lado, existem caminhoneiros que não apoiam uma paralisação como foi em 2018. Manoel Raimundo Aguiar, 23 anos de estrada, transporta carga seca no itinerário São Paulo/Minas Gerais é um deles: “a vida não é fácil para quem está constantemente na estrada. Conversei com meus colegas de estrada e todos têm a mesma opinião. Precisamos continuar trabalhando porque as contas não param de chegar e nem ficam paralisadas. Se não pagarmos são juros sobre juros. Acho legais as manifestações sem interferir no nosso serviço”.
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