Elas estão na ativa com muito charme e competência, enfrentando o desafio atual, a pandemia, e os mais antigos, como a falta de banheiros femininos, o medo de assalto e a administração da vida pessoal.
Acompanhando o ritmo frenético de entregas de produtos essenciais, nessa fase de coronavírus, muitas caminhoneiras estão “a todo vapor” pelas estradas afora. Tem caminhoneiro que quando se depara com uma delas fica com mais força para continuar suas tarefas. José Andrade, na estrada há 23 anos, é um exemplo.
Ele admira demais a força da mulher caminhoneira. “Além de valentes, competentes e inteligentes, elas passam tranquilidade à gente. Torço que ganhem mais espaço na nossa profissão” comenta Andrade.
Vaidosa e competente, Ângela Maria Marcílio é uma das caminhoneiras que não parou nesses meses. Ela trabalha transportando alimentos para uma conceituada empresa, localizada em Tubarão, SC. Há cinco anos exerce a profissão e é mãe de três filhas (Fernanda, Sandi e Gabriela e o neto Miguel). “A maior dificuldade que encontro na estrada é a falta de um banheiro adequado às mulheres e pontos de parada seguros.”
Ângela Maria envia uma mensagem para suas colegas de profissão: “Se tiver um sonho tem que correr atrás. Barreiras nós vamos encontrar, mas com fé, em Deus, conseguiremos vencer todas, inclusive, essa pandemia. Adoro a minha profissão. Já trabalhei em diversas outras. No entanto, me encontrei como profissional do transporte, no volante”, diz falando que toma todos os cuidados preventivos em relação ao Covid-19.
Outra motorista profissional que também está na linha de frente é Marilu dos Santos Cruz, na estrada há 6 anos e entre estrada e usina 11 anos.
Quando concedeu entrevista à revista Caminhoneiro, Marilu dos Santos Cruz estava aguardando, em Paulínia, SP, para seguir viagem à Rondonópolis, MT, levando combustível. Motorista cuidadosa e competente tem orgulho de ser caminhoneira: “Essa é uma experiência muito boa e a dificuldade que tenho é de ficar fora de casa, já que também sou dona de casa. Amo também a minha família, além da minha profissão. Tenho duas filhas: Flávia, de 29 anos de idade, Jéssica de 21 anos e Emily, minha linda neta de 11 anos. Neste momento seguimos ainda mais com cautela”.
Marilu dos Santos Cruz também toma todos os cuidados para evitar o coronavírus. Ela usa máscara, álcool em gel e lava as mãos frequentemente.
Outra caminhoneira competente e atuante no transporte rodoviário de cargas é Jussara Gabriel, há 12 anos na Braspress. Não deixando de lado sua vaidade, sempre bonita e dedicada ao trabalho, Jussara continua firme na direção do caminhão. “Com o Covid-19, de imediato está sendo uma experiência um pouco assustadora, algo que a gente nunca imaginou passar. Eu mesmo nunca passei por uma experiência dessa. Isso muda toda a nossa rotina. Temos que nos cuidar e cuidar dos outros”, comenta com responsabilidade Jussara.
No entanto, a caminhoneira alega que ao mesmo tempo é gratificante fazer parte de um setor que não pode parar para justamente vencer essa situação toda e a gente fica mais tranquila porque a empresa nos dá todo suporte para poder passar por essa situação, oferecendo máscara, álcool em gel e instrução de como proceder.
Jussara lembra que a maior dificuldade é não poder abraçar quem a gente gosta. “Nesse dia das Mães eu não vi a minha; falei com ela só por telefone”, comenta indo mais além e transmitindo uma mensagem a todos: “é para que as pessoas fiquem tranquilas, não entrem em desespero para podermos vencer tudo isso e ter fé que logo venceremos esse vírus”.
Esses são alguns relatos de muitas caminhoneiras que estão na linha de frente contra o Covid-19, servindo a sociedade, seguindo sua missão e acima de tudo o seu coração.
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