O motorista de Pindamonhangaba encontrou o animal às margens da Dutra em Santa Isabel e o levou para um projeto ambiental em Taubaté
E agora uma notícia daquelas bem curiosas e “aconchegantes” de ler. Um caminhoneiro que teria uma viagem normal acabou precisando dar carona para um amigo bem inusitado: um bicho-preguiça.
Antônio José Moreira é caminhoneiro há dez anos. Naquele dia, em fevereiro, ele saiu de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, com destino à capital paulista para uma entrega.
No meio do percurso, ele conta que parou o veículo, logo depois do pedágio da rodovia em Santa Isabel, após ver o bicho-preguiça tentando, sem sucesso, atravessar a pista da Dutra.
“Eu fiquei com medo de que ela atravessasse e não conseguisse chegar ao outro lado sem ser atropelada. Foi instintivo, coloquei ela na boleia e levei comigo enquanto buscava ajuda”, disse o caminhoneiro.
A fêmea foi resgatada e colocada na cabine ao seu lado. Durante o percurso, ele conta que o animal ficou no banco do passageiro, observando a paisagem, e depois pegou no sono.
Durante a viagem, ele acionou parentes que ajudaram fazendo contato com guarda-municipal, polícia e entidades de resgate animal. Depois de oito horas, decidiu levar o animal de volta ao Vale do Paraíba, para a entrega ao projeto Selva-Viva, em Taubaté.
Segundo a veterinária do projeto, Érika Coli, o animal é arisco, mas, por um motivo raro, permaneceu calmo na viagem.
“Ela chegou um pouco agressiva, mas foi impressionante como ela ficou calma com ele. Nós a submetemos a uma bateria de exames que mostraram líquido no pulmão e ela ficou aqui para ser tratada”, explica.
O animal já se recuperou, mas, segundo a veterinária, se habituou aos humanos e está com comportamento manso, que pode ser um risco no caso de devolução ao habitat natural.
Ainda assim o bicho-preguiça está sendo tratado e deve ser devolvido à natureza assim que estiver apto.
O projeto reforça que é preciso acionar a Polícia Militar Ambiental e a concessionária que administra a rodovia em caso de animal na pista.
Fonte: G1
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