O caminhoneiro é uma das mais importantes profissões para economia e transporte de bens no Brasil, sendo responsável pelo reabastecimento de mercadorias e prestação de serviços, como abastecimento de água, combustível e produtos comercializados por empresas de pequenos, médios e grandes portes.
No entanto, apesar de sua importância, ainda é visível uma pouca valorização do serviço prestado. Isso pode ser levado em conta mediante a vários aspectos, principalmente quando o assunto é segurança e baixa remuneração.
Segundo o levantamento "A realidade do caminhoneiro autônomo em 2022", realizado pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), a média mensal líquida dos caminhoneiros é de pouco menos de R$ 4 mil. Além disso, a carga horária de trabalho dos profissionais é preocupante, ainda de acordo com o levantamento, os motoristas de caminhão trabalham cerca de 23 dias por mês e 13 horas por dia.
“A situação atual em que vivem os caminhoneiros autônomos está se tornando cada vez mais preocupante. Existem diversos fatores que estão criando um cenário extremamente complicado na realidade desses profissionais, a baixa remuneração é um desses fatores. Os valores dos combustíveis estão altos, o custo de vida também, se for colocar na ponta da caneta, os caminhoneiros autônomos não estão conseguindo ter dinheiro para custear as despesas do seu caminhão. E esse valor não está longe de ser compatível com a carga horária deles, ou seja, eles estão trabalhando muito e estão ganhando pouco”, disse Wesley Silva, CEO da Cotações Brasil.
A Cotação Brasil é uma empresa que realiza o serviço de transportadora, é responsável por atender duas modalidades, que são o B2B que seria as transportadoras que pagam pela publicidade dentro do site, e o B2C que seria o cliente, onde no caso ele precisará transportar uma carga do ponto A para o ponto B.
Além de garantir um transporte com responsabilidade e precisão, o Diretor Executivo enfatiza que busca com o seu serviço está sendo dedicado também a segurança dos profissionais. “A cotações Brasil vai nesse novo formato, ela vai buscar reduzir esse risco em cerca de 80%, onde ele tem acesso a sua localização e o seguro da sua carga, e o caminhoneiro terá acesso direto ao seu cliente, e esse cliente terá que passar por um processo que vai garantir que o mesmo seja uma pessoa segura para esse profissional”.
Essa preocupação é levada em consideração, tendo em vista que além dos perigos com acidentes, existem também os riscos com roubos e violência. O levantamento realizado pela CNTA apontou que a segurança é configurada como aspecto mais desafiador, tendo em vista que, cerca de 59,7% dos entrevistados nunca se sentiram seguros na estrada. Do total dos participantes, 76% consideram a qualidade das rodovias ruim ou péssima e 56,6% já se envolveram em algum roubo/ furto de cargas.
“Além de viver com toda a desvalorização desse trabalho, sempre tem a maior preocupação para um profissional, a segurança. O caminhoneiro sai para trabalhar sabendo dos riscos possíveis contra o seu trabalho e contra a sua vida, porque infelizmente não são apenas os roubos que são registrados, mas também os crimes que vão ao atentado contra a vida do trabalhador”, afirmou Wesley.
Os caminhoneiros entrevistados sugeriram na pesquisa que sejam pensadas as questões de mais manutenção (40,9%), mais fiscalização (32,1%), mais policiamento (18,3%) e mais equipamentos (8,7%) para a realização do seu trabalho mais seguro e valorizado.
Foto: banco de imagens RC
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