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Caminhoneiros brasileiros denunciam maus tratos na fronteira Argentina

Por Graziela Potenza em 27/04/2021 às 09:09
Caminhoneiros brasileiros denunciam maus tratos na fronteira Argentina

“Os motoristas brasileiros reclamam que já não aguentam os maus tratos, humilhação, pirraças de funcionários estrangeiros, tudo acontecendo junto com o pavor do Covid-19”.

“Estou denunciando casos de Covid-19 surgindo em massa na aduana Argentina. Não sei até quando iremos suportar essa situação.

Peço ajuda para o senhor fazer alguma coisa por nós. Eu te agradeço desde já porque a situação está muito complicada. Não pelo tempo que estamos passando aqui, mas sim pela contaminação”, diz o caminhoneiro Alex em um áudio enviando para José Natan, presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros (SUBC).  

José Natan enviou outro requerimento ao presidente da República, Jair Bolsonaro, explicando toda situação desesperadora dos motoristas que estão detidos a mais de sete dias (impedidos de seguirem viagens). “Solicitei socorro e intervenção das autoridades brasileiras urgentemente junto a aduana argentina, Cotecar”. 

Ele continua: “casos de contaminação do Covid estão surgindo em massa, os motoristas estão desesperados. Eles possuem documentação das cargas já conferidas na fronteira aduana brasileira de Uruguaiana com as notas já carimbadas e tudo está correto como de costume.

Já na aduana do lado da Argentina estão dificultando a liberação de tudo há vários dias, para entrar, ou para sair, alteraram até a exigências de fiscalização de documentação e até de protocolo do Covid- 19. O que era só uma medição de temperatura com termômetro, agora virou protocolo de aglomeração e contaminação de motoristas que estão desesperados no lado Argentino”, diz José Natan no documento encaminhando ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

“É bom ressaltar que caminhoneiros raramente pegam esta doença, por estarem sempre sozinhos na cabine e são pais de família, responsáveis e cuidadosos com protocolo, pois têm filhos esperando em casa”, comenta José Natan.

Maus tratos e humilhação

Os mais de três mil motoristas com suas carretas estão encurralados em pátios, ruas, filas duplas e becos tudo entupido. As carretas têm cargas até perecíveis com destino a três países: Brasil/ Chile; Brasil/Paraguai e Brasil/Argentina. Segundo José Natan, os motoristas reclamam que alguns são tratados como inimigos e cargas que deveriam estar sendo entregues no destino, correm riscos de estragar.

Há carretas com cargas de todos os tipos, como agrícola, refrigeradas, de reposição de peças, pneus, de linha de montagem às fábricas, remédios e alimentos industrializados etc. “Os motoristas brasileiros reclamam que já não aguentam os maus tratos, humilhação, pirraças de funcionários estrangeiros tudo acontecendo junto com o pavor do Covid-19. No dia 26 de abril já buscaram mais dois motoristas nas cabines. Outros fugiram para buscar tratamento no Brasil e abandonaram carretas e as cargas. Precisamos de uma solução com urgência”, finaliza José Natan.    

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