Em coletiva, (dia 23) para apresentar a pesquisa identificando os perfis dos profissionais caminhoneiros autônomos, (ver matéria nesse site, dia 23, título Pesquisa da Confederação Nacional de Transportadores Autônomos (CNTA) revela que boa parte dos caminhoneiros não conhece a Lei do Piso Mínimo do Frete) salientou que a greve é o último recurso e, sobretudo, deve prevalecer, acima de tudo, o diálogo.
Segundo Marlon Maues, assessor Executivo da Confederação, "enquanto houver diálogo, a paralisação deve ser o último recurso da categoria. Temos muito ainda para trabalhar para chegar nisso. Consideramos paralisação como último recurso para qualquer categoria pleitear suas demandas".
Maues salientou que a situação é bem diferente em relação a 2018, quando ocorreu a greve nacional dos caminhoneiros. Atualmente, há uma paralisação "técnica", no qual o transportador autônomo para de trabalhar porque não tem condições de arcar com os custos de toda operação logística, sobretudo, o de combustível. "Enquanto outros ainda têm margem, caminhoneiro coloca caminhão na frente de sua casa por não ter mais condição de abastecer, por causa de aumentos sucessivos do diesel".
Marlon Maues continua: "A paralisação é como um grito de socorro, dizendo: sou escravo sobre rodas e não tenho mais condição de exercer meu trabalho. Mas não deve ser conduzida por 'pseudos' líderes que se tornam até folclóricos". Durante a pesquisa também foi perguntado se os caminhoneiros conheciam determinados líderes que aparecem sempre nas reportagens. O resultado foi que a categoria mostra desconhecer as lideranças que se dizem seus representantes.
Em relação ao aumento do diesel, Marlon Maues explicou que entre o aumento anunciado pela Petrobras na refinaria possui no mínimo 10 dias para ser efetivo no mercado e reajustado a tabela para o caminhoneiro, em virtude da metodologia de cálculo do piso mínimo do frete. "O diesel é a matéria-prima do trabalho dos caminhoneiros. Ele é polemizado com aumentos sucessivos, mas deve ser encarado como elemento de formação do custo do frete dos caminhoneiros. A questão é que ao tentar renegociar o frete com intermediário, caminhoneiro não está conseguindo repassar o valor do diesel reajustado ao frete até mesmo por excesso de oferta de mão de obra. Se ele não aceitar o valor, tem outro que faz”.
Foto: divulgação
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