O hidrojateamento é feito por caminhões equipados com reservatórios de água. Esses caminhões de hidrojateamento podem fazer dois tipos de serviços, sendo o primeiro esgotar e o segundo jatear. Esse equipamento é como um aspirador de pó gigante. É um trabalho realizado por profissionais capacitados e para cada obstrução, são necessários diferentes acessórios.
O caminhão com hidrojateamento executa um processo de limpeza de galerias de rede de esgoto pluvial, caixas de gordura, poços, áreas inundadas, caixas d’água, caixas de inspeção, canaletas, condensadores, condutores de saída, caldeiras, colunas de destilação, desgaseificação de tanques, desobstrução de dutos, roletes, resfriadores, trocadores de calor, entre outros por meio do jato de água com pressão, que varia entre baixa, alta e ultra-alta.
Os trabalhos utilizando o hidrojateamento são bem usados por órgãos públicos, hospitais, frigoríficos, indústrias químicas, têxteis, por exemplo, e hoje também está sendo aproveitado por estabelecimentos comerciais voltados para a prestação de serviços de limpeza de residências, máquinas e veículos.
Um exemplo de quem vem utilizando é a Sanepar, do Paraná. Equipes realizaram nos dois primeiros meses deste ano o trabalho de desentupimento e limpeza de 16,6 quilômetros de rede coletora de esgoto instalada em Foz do Iguaçu. Até o fim do ano, serão vistoriados 80 quilômetros de tubulação em diversos bairros da cidade. O total da rede é bem maior, cerca de 1,2 mil quilômetros, o corresponde à distância entre Foz e Buenos Aires, na Argentina.
A limpeza é feita com a ajuda de um caminhão de hidrojateamento, nos poços de visitas, que são aberturas na calçada ou na rua que permitem o acesso à rede. Os profissionais retiram o material mais denso e pesado e, na sequência, injetam água com pressão para limpar e desobstruir a rede. Este trabalho preventivo repercute diretamente na casa dos clientes.
“A desobstrução da rede pode evitar que o esgoto transborde na rua ou até mesmo retorne para dentro dos imóveis”, explica o coordenador de Redes da Sanepar, Marcos Simoni.
Os maiores problemas de obstrução de rede são causados por pessoas que jogam na tubulação objetos que não deveriam ir para a rede coletora, construída para receber apenas o esgoto doméstico. Os materiais mais comuns encontrados são restos de materiais de construção, além de panos, latas, plásticos e outros resíduos que trazem prejuízo ao bom funcionamento do sistema de esgoto.
O lixo, a água da chuva e outros materiais, além de danificar e entupir a rede, e provocar vazamento e refluxo, podem comprometer o meio ambiente. Resíduos como gordura, por exemplo, causam o entupimento da rede, represando e fechando a tubulação. Por isso, a Sanepar orienta que seja instalada a caixa de gordura para dar o destino correto a esse material.
O que não deve ser jogado na rede de esgoto:
- Garrafas, frascos, embalagens, plásticos
- Caneta, lápis, borracha
- Restos de materiais de construção, areia, cimento, pedra; madeira, plástico, lata
- Roupa, fralda, absorvente, cotonete, cabelo, preservativo, papel higiênico
- Óleo, gordura, estopa
- Água da chuva
Fonte e fotos: Sanepar
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