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Conheça o significado do termo ''Rodovias que Perdoam''

Por Equipe RC em 09/11/2021 às 12:19
Conheça o significado do termo ''Rodovias que Perdoam''

Saiba o significado dessa frase e como é importante para que os usuários evitem acidentes

O termo "Rodovias que Perdoam" visa a importância do planejamento viário e da adequação da infraestrutura rodoviária para reduzir os erros humanos na condução do trânsito.

A iniciativa foi criada em atenção à tendência mundial de evitar acidentes e mitigar as suas consequências, uma vez que erros na condução são fatores que se destacam dentre as causas de acidentes no mundo.

 Segundo o diretor Executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, a construção de áreas de escape nas vias e a instalação de dispositivos de contenção e sonorizadores são apontados como ações propositivas para um trânsito seguro. Além disso, pavimento, sinalização e geometria viária precisam também estar em boas condições.

Bruno Batista

A Pesquisa CNT de Rodovias (2019) indicou que 59,0% de extensão das rodovias brasileiras não está em condições favoráveis. O número de pontos críticos identificados aumentou 75,6% – passou de 454, em 2018, para 797 em 2019.

O levantamento de 2019 contabilizou 130 erosões em pista, 26 quedas de barreira, 2 pontes caídas e 639 trechos com buracos grandes.

Este cenário pode ser ainda pior nos dias atuais, visto o contingenciamento de recursos reservados à infraestrutura de transportes do país. Neste ano, foi autorizado para o modal rodoviário no Orçamento de R$ 4,79 bilhões (sem correção), esse valor é menor do que o do ano anterior que foi de R$ 7,44 bilhões e também o mais baixo em 20 anos.

O principal gargalo das rodovias é a falta de expansão e adequação da malha. Especificamente na malha rodoviária federal sob gestão pública, os dados disponibilizados pelo governo mostram um tímido avanço. Entre 2019 e 2020 foram construídos apenas 315,4 quilômetros de rodovias, o que representa um acréscimo de 0,6% aos 52.916,2 quilômetros de malha que existiam em 2018. Nos últimos 10 anos, a extensão total das rodovias federais (sob gestão pública e concedida) cresceu somente 2,6%.

A adequação e a duplicação de rodovias federais sob gestão pública apresentam uma evolução igualmente pequena, em um comparativo dos últimos dois anos em relação a 2018. Obras de duplicação realizadas em 2019 e 2020 corresponderam, respectivamente, a um aumento de 51,3 quilômetros e 228,1 quilômetros de extensão. Apesar do referido acréscimo, a extensão de rodovias duplicadas representa, hoje, menos de 6% da malha rodoviária federal sob gestão pública.

As obras de adequação também não foram robustas. Em 2019 e 2020, elas corresponderam, respectivamente, a um aumento de 0,01% e 1,6% da extensão da malha rodoviária federal sob gestão pública que existia desde 2018 (52,9 mil quilômetros).

Como no Brasil ainda não é usual aplicamos as indicações do conceito de rodovias que perdoam, não há estatísticas que mostrem os acidentes nestas vias. Porém, na imagem abaixo, (Quadro 1) estão apresentados os quatro tipos mais frequentes de acidentes com vítimas nas rodovias federais brasileiras, no período de 2017 a 2020, segundo o Painel de Acidentes Rodoviários da CNT, relacionados com os principais elementos de uma rodovia que perdoa. Nele, para cada dispositivo de proteção, está assinalado o acidente que poderia ser evitado ou ter as respectivas consequências minimizadas.

Bruno Batista explica que os acidentes rodoviários são causados, normalmente, pela junção de diferentes fatores. De um modo geral, os fatores podem ser classificados em três componentes: humano, veicular e viário-ambiental. E, por mais que uma parte significativa dos acidentes seja motivada pelo componente humano, vale destacar que falhas na estrutura viária ou no veículo têm o potencial de agravar ainda mais a situação.

Diante deste contexto é possível traçar algumas relações entre os acidentes e a infraestrutura viária:

  • Rodovias com traçado ruim matam mais. Nos trechos em que a geometria da via é considerada ótima (33,5 acidentes por 10 km de extensão) há mais acidentes do que os locais onde é péssima (7,3 acidentes por 10 km de extensão). Entretanto, o índice de mortes é bem maior onde o traçado é péssimo;
  • 47,7% dos acidentes e das mortes ocorre em trechos com problemas de pintura da faixa central (desgastada o inexistente). Onde há problemas na pintura lateral, há uma concentração de 49,5% dos acidentes com vítimas e de 53,5% das mortes;
  • Ausência de placa de limite de velocidade dobra o risco de morte. Onde as placas são ausentes, o índice de mortes por 10 km de extensão é de 19,9. Onde elas são presentes, cai para 10,2.

Em 2020, os custos estimados de acidentes de trânsito em rodovias federais no país corresponderam a R$ 10,2 bilhões, de acordo com o Painel CNT dos Acidentes Rodoviários. Por outro lado, na totalidade desse mesmo ano, foram investidos pela União em adequação e manutenção das rodovias, no país, apenas R$ 6,7 bilhões, conforme aponta o informe da CNT Conjuntura do Transporte.

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