O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970. Mas, também temos que registrar que a estrada é árdua para muitas mulheres. Infelizmente, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia.
A revista Caminhoneiro lamenta esta estatística e faz votos que esse quadro lastimável se reverta. Contudo, no Dia Internacional da Mulher, prestamos essa homenagem às mulheres, em especial, as motoristas profissionais que são também mães, esposas, namoradas, filhas, tias, entre outras e levam a sério a profissão de caminhoneira. Agradecemos aquelas que participaram, com suas bonitas, difíceis histórias ou lição de vida, das nossas páginas nesses mais de 36 anos de publicação.
Mas, nem tudo são flores para essas profissionais do volante na estrada. Muitos pontos de parada são desfavoráveis para as mulheres, em alguns sequer existe um sanitário feminino. Muitas mulheres também se queixam do machismo e do preconceito que existe, tanto de outros motoristas como da sociedade em geral.
Apesar dos números de caminhoneiras ainda serem muito baixos - a Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros 2019 mostrou que existem apenas 0,5% de mulheres no mercado, quantidade muito desigual aos 99,5% caminhoneiros homens - o mercado aceita bem a presença da mulher caminhoneira. E o principal motivo é o fato delas serem mais cuidadosas do que os homens na direção e também ficarem mais atentas aos cuidados dos caminhões, o que aumenta a vida útil e evita muitos acidentes.
Independente se você é caminhoneiro ou caminhoneira, deixe uma mensagem para essas verdadeiras guerreiras
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