Provavelmente, quase todo caminhoneiro já teve que atravessar com o seu veículo pontes de madeira. Há muitas pontes perigosas por este Brasil afora que, por conta da precariedade das suas estruturas, já foram palcos de muitos sustos e cautela dos motoristas que precisam realizar a passagem sobre elas.
Pensando nessa situação, a Diretoria Colegiada do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) aprovou o Álbum de Projetos-Tipo de Pontes Semipermanentes que tem como objetivo a substituição e/ou implantação de estruturas metálicas e/ou de concreto em locais com existência de pontes de madeira. São pontes que vão permanecer no local por um período de tempo, até a implantação da estrutura definitiva.
Elaborado sob a coordenação do Instituto de Pesquisas em Transporte (IPR/DNIT), o álbum abrange soluções de pontes semipermanentes de uma faixa de tráfego apenas, com o intuito de serem instaladas em substituição às pontes de madeira ou em estradas vicinais.
São contempladas soluções de tabuleiros em vigas mistas (concreto e aço) e em concreto protendido, materiais com maior vida útil em comparação à madeira. Com a utilização dessas soluções, os custos com manutenção serão reduzidos, de forma que o custo do ciclo de vida das novas pontes seja inferior ao custo de instalação e manutenção das pontes de madeira para o mesmo período.
Destaca-se, também o tempo de interdição necessário para a realização das atividades de manutenção em pontes de madeira: em geral, são interdições totais, podendo durar dias, o que afeta o usuário da rodovia. Com as pontes previstas no Álbum de Pontes Semipermanentes, as ações de manutenção serão menos constantes e quase sempre poderão ser realizadas sem a interdição da estrutura para o tráfego.
Para cada uma das soluções são previstos tabuleiros de 10 metros, 15 metros e 20 metros, que poderão ser combinados para transpor vãos de maior comprimento, mediante a utilização de apoios intermediários, também previstos no álbum. O álbum traz todo o detalhamento e a memória de cálculo para a superestrutura, apoios intermediários e encontros, necessitando apenas a elaboração do projeto de fundações, disciplina que não foi incluída em função da variabilidade natural do solo de uma região para outra.
Foto da ponte: Portal do Governo do Estado de Rondônia/DER
Fonte e ilustrações: Dnit
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!