Obra de arte especial vai ligar as cidades de Guajará–Mirim, em Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) lançou nesta terça-feira (14) o edital de construção da Ponte Internacional de Guajará-Mirim. A Ponte Binacional, que será construída sobre o Rio Mamoré, fará a ligação entre as cidades de Guajará-Mirim, no estado de Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia. O empreendimento integra o Novo PAC na região Norte e vai fortalecer a integração sul-americana.
O evento para lançar o edital aconteceu no Ministério dos Transportes, em Brasília, e contou com a participação do ministro dos Transportes, Renan Filho; do secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro; da secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse; do ministro João Marcelo Galvão de Queiroz, diretor do Departamento de América do Sul; do governador de Rondônia, Marcos Rocha; do ministro de Obras Públicas da Bolívia, Édgar Montaño; da prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Paes, e do prefeito de Guayaramerín, Angel Freddy Maimura Reina.
Participaram também do encontro, o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão; o diretor de Planejamento e Pesquisa, Luiz Guilherme Rodrigues de Mello; o superintendente do DNIT no estado de Rondônia, André Santos, e parlamentares da bancada de Rondônia no Congresso Nacional.
O lançamento do edital também contou com a participação de representantes da embaixada da Bolívia no Brasil e do Brasil em La Paz por videoconferência.
Na ocasião, também foi assinado o contrato para construção de um viaduto na interseção da BR-364/435, acesso à Colorado do Oeste, em Rondônia. O valor previsto da obra será de aproximadamente R$ 28,7 milhões.
Ponte Binacional
A obra prevê uma travessia com extensão de 1,22 quilômetros e largura de 17,3 metros. O valor estimado para construir a obra de arte especial, acessos e complexos de fronteira é R$ 430 milhões aproximadamente e o prazo para execução das obras é de 36 meses. O início dos serviços está previsto para dezembro deste ano.
A construção da ponte significa para os brasileiros a concretização do “Projeto Saída para o Pacífico” passando por território boliviano até alcançar portos chilenos, visando principalmente a exportação de produtos brasileiros para outros continentes a custos bem mais compensatórios em relação aos custos de transportes que normalmente são cobrados quando esta mesma atividade é feita através de portos brasileiros, em função da distância. E para os bolivianos, significa a consolidação do Tratado de Petrópolis, que assegura à república da Bolívia, o acesso ao oceano atlântico por território brasileiro, através do porto de Porto Velho, na capital do estado de Rondônia.
O acesso no lado do Brasil, será a partir da margem do Rio Mamoré na cabeceira brasileira da ponte até a rótula na interseção com o acesso à ponte, no km 142,7 da BR-425/RO, com extensão aproximada de 3,7 quilômetros. Já o acesso no lado boliviano terá aproximadamente 6 quilômetros de extensão da cabeceira boliviana da ponte até a ligação julgada conveniente pelas autoridades bolivianas.
BR-425/RO
É uma rodovia de ligação, localizada na região noroeste do Estado de Rondônia, que conta com uma faixa de tráfego pavimentada por sentido, de cerca de 3,5 metros de largura e acostamentos de largura variável. A rodovia que inicia no entroncamento com o km 937,6 da BR-364/RO em Abunã, se estende por 148,1 quilômetros até a fronteira Brasil/Bolívia, em Guajará-Mirim/RO, na margem direita do Rio Mamoré, ou seja, faz a ligação entre uma importante rodovia federal e a fronteira com a Bolívia. Ao longo da BR-425/RO existem duas travessias urbanas, sendo a primeira na sede do município de Nova Mamoré e a outra no fim do trecho, na sede municipal de Guajará-Mirim.
Foto: DNIT
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