Os 46,91 quilômetros de implantação de asfalto têm início na divisa com o Mato Grosso do Sul, no distrito de Porto Camargo, em Icaraíma, até Umuarama. Investimento total é de R$ 232,8 milhões, em uma parceria do Governo do Estado com o governo federal e Itaipu.
A Estrada da Boiadeira, formalmente batizada de BR-487, é a realização de um sonho que o Noroeste do Paraná já tinha aberto mão. Enfim, para tormento dos descrentes, a famosa rodovia que liga o Mato Grosso do Sul a Campo Mourão, passando por Umuarama e Cruzeiro do Oeste, está saindo do papel. Com direito a asfalto, iluminação, tinta, sinalização e tudo mais a que tem direito.
A obra atingiu um marco importante agora nos primeiros dias de fevereiro. Está 80% concluída e, salvo algum problema muito fora da curva, ficará pronta no segundo semestre deste ano. “Há mais de 50 anos que se fala desta estrada. Quando assumi o governo, em 2019, prometi que ia tirar esse sonho das pranchetas. Está aí, quase pronta, uma ligação com potencial fantástico de fomentar o turismo e resultar em mais desenvolvimento para o Noroeste. E não há mais dúvidas de que infraestrutura é essencial para gerar mais empregos”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A restauração, implantação e pavimentação da Boiadeira é uma das intervenções mais emblemáticas em andamento no Paraná e só perdeu o status de lenda graças à costura política que resultou no convênio entre o Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), o governo federal, via Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e a Itaipu Binacional.
A Boiadeira foi dividida em três lotes e as obras atuais fazem parte do chamado Lote 1. O Dnit está concluindo o chamamento da empresa que venceu a licitação do Lote 2, entre a Serra dos Dourados e Cruzeiro do Oeste. Serão 37 quilômetros de obras, passando pela localidade de Lovat e coexistindo com a PR-323.
Essas conexões alcançam o Lote 3, o primeiro a sair do papel, em 2013, entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão. Há expectativa de encerrar a revitalização da Boiadeira nos próximos cinco anos, com mais de 150 quilômetros no Paraná. Essa será uma das principais ligações do Paraná com o Mato Grosso do Sul, os dois maiores produtores agrícolas do País.
A rodovia ligará o Noroeste do Estado à cidade sul-mato-grossense de Porto Murtinho, ponto de conexão com o chamado Corredor Bioceânico, projeto multimodal que pretende unir os portos brasileiros de Paranaguá e Santos (SP) aos portos do Norte do Chile, no Oceano Pacífico.
A pavimentação da Boiadeira também possibilitará a interligação com uma rodovia de mais de 2,4 mil quilômetros entre Campo Grande (MS) e o Porto de Antofagasta, no Chile, reduzindo em até duas semanas o tempo de viagem das exportações do Centro-Oeste do Brasil até países como China, Japão e Coreia do Sul, e a ajudará na atratividade de novos e importantes mercados do Pacífico como Indonésia, Filipinas e Austrália.
Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná
Fotos: Gilson Abreu/AEN
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