A tradicional Volvo realizou, dia 16, coletiva em São Paulo e divulgou resultados positivos no balanço das suas operações no ano passado. Além de liderar o mercado de pesados, pela primeira vez a marca ficou à frente também na soma de todos os segmentos em que atua, incluindo semipesados. No total, a Volvo entregou 24.093 caminhões (crescimento de 10%), sendo 18.747 veículos somente na classe dos pesados. “Ficamos com 29% de market share, quase um terço do mercado de pesados. É uma marca histórica”, declara Alcides Cavalcanti, diretor Executivo de Caminhões da Volvo do Brasil.
Alcides Cavalcanti, diretor Executivo de Caminhões da Volvo do Brasil.
Com 8.317 unidades emplacadas na versão 540cv, o modelo Volvo FH foi mais uma vez o caminhão mais vendido do Brasil. Além disso, o modelo ocupou o topo do ranking de vendas de caminhões pesados no País pela 10ª vez, sendo a quinta consecutiva, período em que também liderou em todas as categorias de peso. Em semipesados, o Volvo VM 270 brilhou como o modelo mais emplacado em sua categoria, com 4.732 unidades licenciadas.
Na América Latina outros mercados de destaque foram o Peru, com 1.902 entregas (crescimento de 17%) e Chile, com 1.687 entregas (crescimento de 25%). Ao todo, a Volvo entregou mais de 31 mil caminhões nos diversos países do continente, sendo 28.627 licenciados. O Brasil representou 84% desse volume e, mais uma vez, foi o segundo maior mercado de caminhões da marca no mundo.
Para este ano, Wilson Lirmann, presidente da Volvo na América Latina, estima uma queda em relação ao ano passado. Pelos cálculos da montadora, o volume comercializado no ano dentro do segmento acima de 16 toneladas, onde atua com modelos pesados e semipesados, será 23% menor em relação ao resultado de 2022, somando 75 mil veículos. "As demandas do agronegócio e da mineração animam e são positivas, mas ainda há muita incerteza no mercado. O frotista está cauteloso para renovar sua frota", comenta. Wilson Lirmann continua: "infelizmente, o crédito está caro, e o transportador parece aguardar para ver qual será a política econômica do país."
A revista Caminhoneiro perguntou: - Levando em consideração esse atual cenário, qual seria a melhor opção para se adquirir um caminhão? Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul, explicou que é preciso que ocorra mudanças no cenário de juros que possam incentivar as vendas de veículos no Brasil. "O BNDES pretende promover alterações no Finame de modo que as linhas de crédito que não são atreladas à Selic possam ficar mais atrativas ao cliente, como é o caso daquelas que são compostas por taxa fixas”.
Carlos Ribeiro, presidente da VFS América do Sul
Combustíveis alternativos
Vale lembrar que a produção de caminhões elétricos pesados da Volvo começou em setembro, na fábrica de Tuve em Gotemburgo, na Suécia. Os elétricos são fabricados na mesma linha de montagem dos veículos a combustão, enquanto as baterias são fornecidas pela nova unidade da Volvo Trucks em Ghent.
O caminhão FM Eletric ajudará nas metas de descarbonização da marca nos países em que está presente. O novo FM Eletric conta com um kit formado por seis baterias, o suficiente para o peso-pesado ter a capacidade de rodar por até 300 quilômetros – número ainda distante dos caminhões a diesel, mas que ajudariam nas operações em regiões urbanas e regionais – sendo livre de emissões. O peso bruto total combinado (PBTC) é de 44 toneladas.
Fotos: divulgação/ abertura legenda: Wilson Lirmann, presidente da Volvo na América Latina
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