A Secretaria de Infraestrutura e Logística contratou um estudo sobre origem e destino das cargas e passageiros que circulam pelas estradas do Paraná. O objetivo é conferir maior precisão ao programa de recuperação de rodovias do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), em fase final de planejamento.
"Com a avaliação técnica, o Paraná terá um retrato claro e preciso dos gargalos logísticos para formatar o melhor modelo de investimentos viários públicos e privados", disse o secretário José Richa Filho, que prevê investimentos de R$ 15 bilhões em diversos empreendimentos espalhados pelo Estado.
Segundo ele, o programa inclui obras de conservação, manutenção e sinalização nas rodovias estaduais - em substituição às constantes "operações tapa buraco" de anos anteriores. "O Estado tem a obrigação de saber onde investir e de promover benefícios duradouros nas rodovias. Maquiar as estradas é procrastinar soluções", afirma.
Richa Filho também afirmou que a secretaria estuda a adoção de parcerias público-privadas para aumentar a capacidade de rodovias. "A economia estadual vive um bom momento com a volta do diálogo entre o governo e a iniciativa privada. Isso cria um cenário favorável para a busca de soluções para a infraestrutura viária", disse.
De acordo com o secretário, a PR-323, na região Noroeste, é ideal para esse tipo de parceria. A rodovia, que liga Guaíra e Maringá, é um importante canal de circulação da produção regional e dos caminhões vindos Mato Grosso do Sul em direção aos centros moageiros de trigo paranaenses e ao Porto de Paranaguá.
Outras rodovias que podem fazer parte de uma parceria público-privada são a PR-445, na região de Londrina, e a federal BR-101 (que não existe no Paraná e pode ser uma nova opção para o acesso ao Porto de Paranaguá). A ideia, segundo o secretário, foi bem recebida em Brasília.