Modelo de pedágio Free Flow é um caminho sem volta e negócio milionário
Em 2024, o governo federal planeja realizar 13 leilões de rodovias, prevendo um total de R$ 122 bilhões em investimentos. A maioria desses leilões incluirá o sistema de cobrança Free Flow, uma tecnologia que permite a cobrança de pedágios de forma eletrônica, sem a necessidade de praças de pedágio. Com a implementação do Free Flow, espera-se maior eficiência na arrecadação de pedágios, redução de custos operacionais e uma experiência mais fluida para os motoristas.
O sistema é uma tendência no setor de pedágios, que traz benefícios tanto para as concessionárias quanto para os motoristas das rodovias.
"O Free Flow é o futuro da cobrança de pedágios no Brasil e traz inúmeras vantagens em termos de eficiência, sustentabilidade e conveniência para os usuários. No entanto, é fundamental que haja um marco regulatório claro e abrangente para garantir a segurança jurídica e a interoperabilidade do sistema", destaca Pedro Hermano, cofundador do App da Free Flow e CEO da Attri, empresa de tecnologia que oferece soluções inovadoras para o setor de mobilidade urbana.
Atualmente, as concessionárias de rodovias utilizam diferentes sistemas de cobrança de pedágios, incluindo as tradicionais praças de pedágio, os sistemas de cobrança manual e os sistemas de cobrança eletrônica, como o Sem Parar e o ConectCar. Com a implementação do Free Flow, espera-se uma transição gradual para um modelo totalmente eletrônico, eliminando a necessidade de paradas nas praças de pedágio e agilizando o fluxo de veículos nas rodovias.
Apesar dos benefícios evidentes, a transição para o Free Flow levanta preocupações entre algumas empresas do setor, como as Operadoras de Sistemas de Arrecadação (OSAs), que atualmente são responsáveis pela gestão dos sistemas de cobrança de pedágios. Com a redução das barreiras físicas de cobrança, as OSAs enfrentam o desafio de se adaptar a um novo modelo de negócios, baseado em tecnologias de pagamento eletrônico e mobilidade.
Diante desse cenário, o executivo da Attri destaca a importância do diálogo entre os diversos atores envolvidos na implementação do Free Flow, incluindo o governo, as concessionárias, as OSAs, as empresas de tecnologia e, sobretudo, os usuários das rodovias.
"A transição para o Free Flow é uma oportunidade única para modernizar o setor de pedágios, promovendo a inovação, a eficiência operacional e a melhoria da experiência do usuário. No entanto, é essencial que essa transição seja conduzida de forma colaborativa e transparente, garantindo a participação de todos os stakeholders e a construção de um modelo sustentável e equitativo para o futuro", ressalta Pedro Hermano.
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