Sem acordo até o momento, os caminhoneiros na Espanha estão insatisfeitos com o aumento dos produtos e dos combustíveis e dão prosseguimento a greve que já vai para o 12º dia. Nesta sexta-feira a manifestação tomaram as ruas de Madri, em busca de subsídios para os combustíveis, gás e adubo, durante o período de 1º de abril até 30 de junho. A elevação dos preços dos combustíveis é uma das consequências da Guerra na Ucrânia, e caso essa crise continue, os grevistas pedem que o prazo para esses subsídios seja prolongado.
Os protestos ganharam força também após o anúncio de uma proposta, realizada na madrugada desta sexta, de que o governo iria liberar pelo menos 1 bilhão de euros para ajudar os transportadores. No entanto, o Comitê Nacional do Transporte por Estradas (CNTC) não concordou em assinar o acordo.
Os benefícios preveem 20 centavos de euro por litro no quilo de combustíveis, sendo que 15 centavos serão bancados pelo governo e 5 centavos serão arcados pelas empresas petrolíferas. A proposta limita em 1.250 euros por caminhão, 950 euros por ônibus, 500 euros por vans e 300 euros por táxis e ambulâncias. Além disso, a negociação também prevê a renegociação de dívidas de empresas transportadoras.
Ontem, a revista Caminhoneiro publicou matéria mostrando que essa paralisação está gerando impacto na distribuição de produtos no país. Nos supermercados e farmácias, muitos produtos já estão em falta.
O que reivindicam
O que se observa é que a cada dia o movimento vem ganhando novos adeptos e força. De acordo com o líder da paralisação, Manuel Hernandez, “a greve não acaba até que todas as reivindicações da classe sejam atendidas e parabenizo os esforços de todos os envolvidos”.
O ato tem o apoio da Federação Nacional das Associações de Transporte e da plataforma para a defesa do setor de transportes de mercadorias por estrada.
Foto: DW Espanha
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