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Com caixa de câmbio automatizada, motor potente e muito conforto, a Ford vai em busca de uma participação maior no mercado de caminhões médios e pesados.
Na crise é que se cresce. E para isso, é preciso ter bons produtos e uma estratégia de venda adequada. A Ford, pensando em conquistar uma participação maior no disputadíssimo mercado de caminhões médios e pesados, lançou seis modelos Cargo Torqshift equipados com a transmissão automatizada de 10 ou 16 marchas. Esse foi o grande destaque de um projeto que agrega o que há de mais moderno em termos de tecnologia oferecendo muito conforto ao caminhoneiro.
Tecnologia que pôde ser testada pela imprensa especializada no campo de provas da Randon, em Farroupilha, RS, um dos mais modernos do Brasil. Com 18 pistas totalizando 15 quilômetros, possibilita uma série de testes com rampas de diferentes inclinações, trechos de terras, buracos, simulação de “costelas de vaca”. Mas o objetivo principal era sentir como os caminhões se comportariam apenas no asfalto, utilizando as rampas para testar o dispositivo de auxílio de saída em rampa e de descida.
Hora do show
O acesso ao Ford Cargo 2429 Torqshift é fácil graças aos degraus bem escalonados e aos pegadores. Ao sentar, imediatamente se percebe o conforto do banco. Além de um assento firme, sem ser duro, existem os protetores lombares, fundamentais em longas viagens.
Com diversos ajustes tanto em profundidade quanto em distância é possível encontrar a melhor posição para dirigir, facilitada ainda pelo escamoteamento do volante. Faltou o apoio para o pé esquerdo, o que para motoristas de grande estatura torna-se uma vantagem poder deixar a perna esticada.
Bem posicionado, o motorista tem total visão oferecida tanto pela enorme área envidraçada, quanto pelos grandes retrovisores laterais e de estacionamento.
Uma vez bem sentado, cinto de segurança afivelado, ao girar a chave de ignição o motor Cummins ISB 6.7 286 P7, diesel, seis cilindros em linha, com 290 cv de potência entra em funcionamento de maneira suave e com um mínimo nível de ruído. Ao atingir 8 km/h, as portas são travadas automaticamente.
O bom acabamento acústico da cabine permite uma conversa normal, sem alterar o tom da voz e sem ser atrapalhado pelo ronco do motor. O silêncio interno é muito bom. Acelerando, as 10 marchas da transmissão Eaton ES 11109 LA automatizada, entram de maneira uniforme, suavemente sem solavancos.
Antes que o 2429 pudesse atingir uma velocidade maior, chega o primeiro teste: subida e parada em uma rampa de 20º. A subida foi tranquila, mesmo com 10 toneladas de lastro. No meio, o freio foi acionado e a hora da verdade surge. Para sair da imobilização, bastou tirar o pé do freio e acelerar, com calma, sem pressa. O caminhão não voltou para trás. Isso graças ao sistema HLA de auxilio de parada em rampa, que funciona automaticamente. O caminhão reconhece a inclinação e aciona esse dispositivo que mantém o veículo imobilizado por até três segundo após o motorista tirar o pé do freio.
Na sequência, veio a descida da rampa, onde além do freio motor, a alavanca de câmbio foi colocada na posição “low”, que segurou ainda mais a descida do caminhão, sem ter que pisar no freio. A força de frenagem é tanta, que caso não tivesse acelerado o caminhão ele seria imobilizado de vez.
Para ver como o Ford Cargo 2429 se comporta com a condução manual, mudei a alavanca para “M” e as marchas foram trocadas com um simples toque no botão. O sistema impede que o motorista coloque marchas muito além do que as recomendadas. Por exemplo, o caminhão está na 10ª marcha e o motorista tenta colocar a 2ª.
Mesmo no modo manual, as marchas são trocadas suavemente, sem trancos.
Aproveitando a extensa reta do campo de provas da Randon, foi possível sentir os dois níveis de aceleração do pedal. Com 90% dele acionado, as marchas são trocadas a 1.800 rpm, modo Economia. Forçando mais, e acelerando 100%, as marchas são “esticadas” e passam a ser trocadas a 2.300rpm, rotação onde a potência máxima é atingida, modo Performance.
E como tinha pista, ainda testei o controlador de velocidade que com apenas um toque mantém o veículo na velocidade desejada, a partir dos 40 km/h. Ao tocar o freio, ou o acelerador, o controlador é desligado. A avaliação está muito boa, mas outros jornalistas precisavam andar com um dos novos modelos Ford Cargo. Ainda deu para em uma grande curva, sentir o funcionamento do controle de estabilidade.
O 2429 Torqshift é indicado para aplicações como basculante, furgão lonado, tanque, baú isotérmico, baú de alumínio, baú frigorífico e carga seca.
Seis modelos
Além do 2429, a Ford apresentou outros cinco modelos. Cargo 1723 Torqshift, Cargo 1723 Kolector Torqshift, Cargo 1729R Torqshift, Cargo 1729T Torqshift e Cargo 1933T Torqshift. São caminhões destinados a diversos segmentos e desenvolvidos pela Engenharia da Ford para aumentar a produtividade do transportador em várias aplicações, aliando conforto, tecnologia e custo/benefício.
O Cargo 1723 Torqshift é um modelo médio com peso bruto total de 16.000kg e capacidade máxima de tração de 32.000kg, com motor de 230cv e transmissão de 10 marchas. Na versão Cargo 1723 Kolector Torqshift, ele chega praticamente pronto para implementação como coletor/compactador, com transmissão reforçada de 10 marchas e peso bruto total de 23.000kg com terceiro eixo instalado.
O médio Cargo 1729R Torqshift, com peso bruto total de 16.000kg, tem motor de 290 cv e transmissão de 10 marchas, com as opções de cabine simples e leito. O Cargo 2429 Torqshift, um dos destaques da linha, tem transmissão de 10 marchas, tração 6x2, peso bruto total de 23 toneladas e capacidade máxima de tração de 38.000kg. Ele chega ao mercado em março, com dois anos de garantia e o preço de referência mais competitivo da categoria, de R$ 220.000 na versão cabine simples e de R$ 228.000 na versão leito.
O Cargo 1729T Torqshift é um cavalo-mecânico com cabine leito, transmissão de 10 velocidades e capacidade máxima de tração de 38.000kg. O Cargo 1933T Torqshift com suspensão a ar é um cavalo-mecânico com transmissão de 16 marchas e capacidade máxima de tração de 45.150kg.
Os lançamentos já saem de fábrica como Linha 2017 o que permite ao cliente aumentar o tempo de permanência do veículo na frota – já que a maioria dos contratos no setor exige veículos com até três anos de uso –, sem contar a sua valorização na hora revenda.
Com o lançamento dos novos caminhões Torqshift, a linha Ford 2017 cresce de 26 para 34 modelos, oferecendo novas opções para ampliar a eficiência e rentabilidade dos transportadores.
Automatizadas
Comparada às transmissões automáticas, a automatizada Eaton tem como vantagens o menor custo de aquisição e reparo, a maior economia de combustível e a facilidade de manutenção. E também é mais econômica que a transmissão manual. Para proteção contra superaquecimento, possui disco com revestimento sinterizado de cerâmica que aumenta em quatro vezes a vida útil da embreagem.
“Por fazer as trocas de marcha sempre no regime ideal de rotação, o Cargo Torqshift nivela o desempenho dos motoristas. Assim, aumenta a economia de combustível e a vida útil da embreagem, reduzindo os custos de manutenção. Ao mesmo tempo, diminui a fadiga do motorista no trânsito urbano e em viagens longas”, diz Antonio Baltar, gerente geral de Marketing e Vendas da Ford Caminhões.
A transmissão automatizada da nova linha Ford Cargo Torqshift oferece construção robusta e uma série de recursos para otimizar o desempenho, o rendimento e a segurança do caminhão. Primeira representante da família no Brasil, ela foi desenvolvida pela Eaton em parceria com a Ford e a Cummins, usando a experiência global da Eaton nesse tipo de aplicação. Dotada de 10 ou 16 marchas e eixo simples, ela tem entre suas vantagens o funcionamento contínuo e suave, sem solavancos, comparado a veículos concorrentes similares de eixo duplo.
Conta com troca de marcha inteligente, piloto automático, função “Low” para descidas, indicador de marcha no painel, assistência de partida em rampa e dois modos de direção: Performance e Economia. O seu escalonamento garante alto torque em subidas e inclinações.
Os principais objetivos de engenharia no seu desenvolvimento foram oferecer o menor consumo de combustível, conforto e dirigibilidade para o motorista e manutenção econômica. “Como base para desenvolver a linha Cargo Torqshift usamos a transmissão manual da Eaton, que tem um desempenho comprovado e robusto, e adicionamos a ela a automatização. Por isso, ambas têm custo de reparo similar, compartilhando o mesmo conjunto mecânico”, destaca João Filho, chefe de Engenharia da Ford Caminhões.
Comparada às transmissões automáticas, a automatizada Eaton tem como vantagens o menor custo de aquisição e reparo, a maior economia de combustível – que chega a 10% – e a facilidade de manutenção. Ela também é cerca de 6% mais econômica que a transmissão manual. Outro diferencial é o sistema de proteção da embreagem que aumenta em quatro vezes a durabilidade do conjunto.
“O principal problema da embreagem é o superaquecimento. Para evitar isso, usamos um sistema de proteção que inclui disco com revestimento sinterizado de cerâmica, aviso luminoso e sonoro em caso de abuso e um controle de rotação do motor para garantir a condição ideal de trabalho. Tudo isso quadruplica a vida útil da embreagem e aumenta a economia na manutenção”, explica João Filho.
Recursos inteligentes
A transmissão automatizada do Ford Cargo Torqshift é equipada com um atuador elétrico que faz a função do pedal da embreagem, abrindo e fechando quando necessário, e dois motores de corrente contínua para o acionamento da alavanca de engate. Uma unidade de controle eletrônico faz a interface com o módulo do veículo.
Na função D (dirigir), ela seleciona a marcha de arranque adequada e faz uma troca otimizada. Na função M (manual), permite ao motorista assumir o controle e selecionar as marchas pelo botão na manopla em situações como rodagem fora de estrada ou subidas íngremes.
Na função L (“Low”), exclusiva da Ford, as marchas são reduzidas gradativamente de acordo com a velocidade e rotação do veículo. Além de segurar o veículo em declives, também é útil em situações como o acoplamento de colheitadeira, em manobra de ré.
Serviços
O contrato de manutenção Ford Service, com três tipos de planos, tem como novidade a possibilidade de inclusão de caminhões usados, com até quatro anos. O Ford Trac combina segurança e telemetria em um sistema instalado de fábrica que conta com a tecnologia eletrônica mais avançada de comunicação. Entre outras funções, ele permite acompanhar o consumo instantâneo de combustível do veículo e o comportamento do motorista.
A Agenda Ford é um sistema que facilita o atendimento na oficina, com controle eletrônico de serviço em toda a Rede Ford Caminhões. O SOS Ford e o Disk Ford oferecem apoio de informações e assistência mecânica para os clientes em todo o Brasil.
“Com esses programas, atendemos o ciclo completo de pós-vendas, desde as revisões até a telemetria, para o aproveitamento e disponibilidade máxima do veículo, com paradas rápidas para manutenção”, destaca Antonio Baltar.