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Não basta chamá-los de heróis, temos que ajudá-los

Por Revista Caminhoneiro em 30/03/2020 às 11:19
Não basta chamá-los de heróis, temos que ajudá-los

Mais uma vez os caminhoneiros estão mostrando que são os nossos heróis. Por isso, falarmos simplesmente que são os heróis das estradas não é suficiente.

Já é hora de reconhecer esses profissionais, independente de momentos difíceis.

Longe de suas famílias, uma rotina dura, que só a paixão dá o combustível para continuarem nas estradas, transportando o progresso do País.

De Norte a Sul, eles estão, mais uma vez, cumprindo o seu papel: não deixar faltar nada à população.

O ex-caminhoneiro e atualmente presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros, José Natan, fala que nunca viu nada igual. “O motorista é muito corajoso.

José Natan

Ele trabalha sob pressão e, sobretudo, vocação. O que está ocorrendo é que os motoristas mais jovens estão fazendo os percursos mais longos.  

Neste momento, o motorista autônomo está mais concentrado nas áreas urbanas. Nas estradas estão rodando os contratados, agregados e os pequenos frotistas”, diz Natan enfatizando que está em contato direto com as autoridades do Governo Federal e até enviou uma carta pedindo mais apoio aos nossos heróis da estrada.

“Não basta lembrar da classe somente nessas horas. Precisamos valorizá-los com atitudes concretas durante todo o ano. No entanto, nesse momento, vamos orientá-los prevenindo contra o vírus e depois exigir mais atitudes, ouvir o que realmente desejam”. 

Um deles é o Youtuber Gilson Brasil, que vem durante as suas viagens postando vídeos de conscientização e mostrando quanto a classe é importante aos seus colegas do volante.

“Estou na estrada tocando a vida, me prevenindo como eu posso. Lavo as mãos, faço a higienização do caminhão (volante, maçanetas e bancos), evito ficar fora do caminhão. Quando vou dar entrada na nota não fico no meio dos caminhoneiros, evitando aglomerações”, diz o experiente caminhoneiro que puxa carga geral na carreta baú.

Gilson Brasil

Outro herói batalhador é Sandro João Dani que está circulando na própria região de Ibicaré, SC.

Por enquanto, na nossa região está tudo tranquilo e não falta nada. “Por causa do coronavírus as empresas estão revendo os horários de trabalho dos caminhoneiros. Eu estou das 7h às 11h30 e das 13h às 17h. Mas com a infecção do coronavírus tem uma turma que trabalha das 6h às 12h e a outra turma das 13h às 19h. Isto tudo para evitar muita aglomeração de pessoas. É assim esperamos evitar o contato com o vírus”, explica Sandro Dami.

Sandro Dani

Entenda o impacto do coronavírus

Ele chega a ser de 26 % no transporte de cargas, segundo os dados do Decope (entidade que está acompanhando constantemente a crise trazida pela propagação da Covid-19 no setor do transportador).

Diante das medidas de restrição que impactaram o consumo geral da população com o fechamento de serviços não essenciais, o transporte de cargas vem sofrendo as consequências, segundo os dados colhidos pelo Decope.

Após a apuração durante os dias 23 e 24 de março com empresas de vários tamanhos e segmentos de Brasil todo, ligadas à NTC&Logística e às suas entidades parceiras, o departamento apurou uma queda geral de 26,14% no volume de cargas em relação à operação normal das transportadoras.

O presidente da NTC, Francisco Pelucio, disse: “os dados são preocupantes, mas dentro do esperado, tendo em vista que, após o decreto de vários governadores para o fechamento do comércio em geral e das empresas, era bem provável que chegasse perto desse número.

Precisamos ficar atentos às medidas restritivas orientadas pelas autoridades públicas e pelos órgãos de saúde para a população para que possamos retornar às nossas atividades que dependem do não agravamento da pandemia”. 

Os dados demonstram também que, para cargas fracionadas, aquelas que contêm pequenos volumes, a queda chegou a 29,81%, número que corresponde a entregas para pessoas físicas, distribuidores, lojas de rua e de shoppings, além de supermercados e outros estabelecimentos.

Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos, a pesquisa aponta queda de 22,91%, demonstrando desaceleração do agronegócio, do comércio geral e de grande parte da indústria. 

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