A Scania apresentará o seu modelo R620, com o motor mais potente do Brasil. Mas não é só isso. Toda a linha foi modificada com aumento de potência e melhoria nos sistemas de frenagem.
Reserve um bom tempo quando for visitar o estande da Scania na Fenatran. Isso porque a montadora não se contentou em lançar "apenas" o motor mais potente do Brasil, o que seria um grande feito, e estará mostrando caminhão a etanol, maior potência no restante de sua linha, novos equipamentos e muito mais.
Todos os motores da Scania obedecerão ao nível de emissão estabelecido pelo Proconve P7. A montadora optou pela tecnologia SCR, que trata os gases depois da combustão, com a adição do Arla 32 no cano de escape, fazendo com que ele reaja com os gases que são expelidos sem particulados.
A Scania domina as duas tecnologias, EGR e a SCR, mas depois de diversos testes e estudos, SCR mostrou melhor performance para os clientes. Por isso, toda a rede Scania está preparada para dar assistência a este novo sistema, inclusive oferecendo o Arla 32 aos clientes.
A Scania tem com filosofia, não acumular desenvolvimentos para depois lançar um novo produto. A evolução é contínua. Sempre que um projeto está terminado com benefícios para o cliente, ele é introduzido no caminhão, com isso ela acredita que "o caminhão de amanhã será sempre melhor do que o de hoje".
O trem de força é o elemento da vez. O Brasil tem uma grande representatividade no negócio Scania mundial, por isso, foi designado como base de lançamento de motores a nível mundial e o primeiro lançamento ocorrerá na Fenatran. A partir da Fenatran, qualquer unidade Scania poderá adquirir os motores feitos em São Bernardo do Campo.
E a gama é grande: motores de cinco e seis cilindros com 9, 13 e 16 litros respectivamente, com aumento da capacidade volumétrica.
Respeitando alta potência e torque, economia, durabilidade e manutenção simplificada, a engenharia refez o bloco do motor, que foi reforçado para agüentar o aumento das potências. A entrada do girabrequim também foi modificada, o pistão aumentou o diâmento e o curso. Foram mantidos o comando de válvula no cabeçote e o trem de engrenagem na parte traseira para reduzir o ruído. O cabeçote independente, assim como as quatro válvulas foram mantidas para facilitar a manutenção. O turbo compressor foi redesenhado aumentando ainda mais a eficiência do freio motor.
O sistema de injeção foi mantido, porque além de ser muito bom, toda a rede Scania tem amplo conhecimento e oferece uma manutenção bem simples. O carter bipartido absorve ruído.
Com essas mudanças, a Scania conseguiu um aumento de 7% economia de combustível, 5% a mais de potência, 9% a mais de torque e 5% a mais de capacidade de frenagem. Todos esses valores acabam reduzindo o custo por quilômetro rodado. Os engenheiros da Scania foram tão meticulosos no projeto, que adotaram o "ventilador inteligente", só atua quando o motor não está sendo exigido, o que impede a perda de 7 e 10 cv. Outro detalhe: a camisa de cilindro com anel tem a função de tirar o particulado em cima do cilindro.
"Mantivemos o sistema PDE, turbocompressor fixo, cabeçotes independentes, arquitetura de motor, o que permite que mecânicos que conhecem motores Scania de 5 ou 6 anos, não tenham problema quando encontrar esses novos motores", explica Celso Mendonça, gerente de Pré-Vendas da Scania no Brasil. "A arquitetura e a solução são idênticas".
A linha completa de motores começa com um de 9 litros de 250 e 310 cv, passa pelo de 13 litros, com potência de 360 a 480 cavalos e termina com o de 16 litros, de 560 a 620 cv.
"A Scania é pioneira na implementação de caixa automatizada em caminhões no Brasil e, nesta Fenatran, apresenta ao mercado uma nova geração, com um software ainda mais inteligente, e uma versão mais potente do freio auxiliar, o Scania Retarder, somando este diferencial competitivo para os produtos da marca", afirma Celso Mendonça.
A terceira geração da caixa de câmbio automatizada da Scania, que tem como objetivo principal facilitar a troca de marchas e corrigir eventuais desvios na condução, chega ao mercado brasileiro em uma versão com um software ainda mais inteligente e reduzido número de componentes. Os ganhos para o transportador nesta nova versão estão relacionados, principalmente, à agilidade e inteligência do sistema, capaz de entender melhor o comportamento e a forma de dirigir do motorista, conseguindo antever algumas situações de risco e corrigi-las independentemente da velocidade e condições topográficas em que o veículo se encontra.
O Scania Opticruise é baseado em uma caixa de câmbio padrão completamente manual, o que facilita a manutenção e a reposição de peças e será oferecido em uma versão totalmente automatizada, com ou sem pedal de embreagem, dependendo da operação em que o veículo será utilizado. Para o segmento fora de estrada é recomendado a utilização do sistema com pedal de embreagem devido às características das manobras.
O novo Scania Opticruise tem a maior capacidade de entrada do mercado, com torque que varia de 2400 Nm a 2800 Nm.
O Scania Retarder teve seu desempenho de frenagem melhorado, o torque máximo aumentou em 500 Nm, para 3.500 Nm, enquanto o torque de frenagem em baixos níveis de giro aumentou em 40%, resultando em uma melhoria notável em baixas velocidades na estrada, com menores tempos de desativação.
Uma versão de alta potência do Scania Retarder está disponível para aplicações fora da estrada. Ela produz até 4.100 Nm e o desempenho em baixa velocidade na estrada foi melhorado ainda mais.
A grande diferença entre o novo Scania Retarder e a versão anterior é a maior capacidade de frenagem e em velocidades inferiores a 20 km/h, uma demanda do mercado fora de estrada.
A Scania também apresentará o P 270, único caminhão movido 100% a etanol do Brasil. O novo veículo semipesado da montadora faz parte do lançamento da linha 2012 e da estratégia global da marca de oferecer soluções mais sustentáveis para o transporte.
A tecnologia de baixo carbono dos motores a etanol, já empregada em ônibus pela Scania, reduz em até 90% a emissão de C02 e atende a legislação a de emissão de poluentes Proconve P7 mesmo dispensando o uso de Arla 32.
"O lançamento deste caminhão movido a etanol é mais um exemplo de pioneirismo da Scania em oferecer as melhores soluções para o mercado brasileiro. O veículo reforça a nossa posição de referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis para o transporte", afirma Roberto Leoncini, diretor Geral da Scania no Brasil.
O P270 a etanol conta com uma motorização de 9 litros com 270 cv e 1.250 Nm de torque já a partir de 1.100 rpm, o que possibilita maior rendimento do trem de força, desempenho e dirigibilidade típicos dos motores a diesel.
Com os novos caminhões V8, a Scania pode falar que tem o "Rei da Estrada". Além de muita potência, os V8 da Scania têm características de estilo que os distinguem dos outros caminhões da marca, além de contarem com uma base visual sobre a qual os transportadores podem construir sua imagem.
No exterior eles possuem grifo da Scania, potência e logotipo do V8 em acabamento cromado na frente e com frisos cromados ao redor das entradas de ar. Na grade dianteira destacada em preto com padrão especial de malha e faróis de xenôn (opcionais) com molduras escuras.
Internamente, os pedais são de metal com estilo especial e blocos de borracha, símbolo do V8 no painel e no limpador da soleira da porta. Símbolo do V8 no controle remoto para fechamento centralizado (opcional) e no instrumento central quando em marcha lenta. Volante preto em couro com costuras em cinza claro (opcional), assentos em couro preto com gomos e costuras em cinza claro e símbolo do V8 em alto relevo (opcional), símbolo do V8, moldura em couro, descanso para braço em couro preto com costuras e Grifo da Scania no painel da porta (opcionais) e tapete com V8 e gomos em couro preto e costuras em cinza claro no centro da cabine (opcional).