Ninguém tem dúvida da competência e necessidade da Polícia Rodoviária Federal. São homens e mulheres que dão as suas vidas para defender o próximo. Trabalham em condições precárias: baixos salários, armamentos ultrapassados, falta de efetivo e de viaturas e ainda assim, estão nas estradas para manter a ordem.
Por isso, toda e qualquer manifestação para que sejam dadas melhores condições a esse grupo de pessoas é bem-vinda e deve ser apoiada por todos, assim como a revista Caminhoneiro tem apoiado ao longo de sua história.
O problema é quando os membros da Polícia Rodoviária Federal resolvem fazer uma “Operação Padrão”, fiscalizando com todo o rigor da lei, aliás, muito além do que determina a lei, prejudicando outra categoria fundamental ao Brasil: os caminhoneiros.
De repente os membros da PRF começaram a autuar caminhoneiros sem curso MOPP que tivessem botijão de 13 quilos na cozinha. Outra multa frequente foi em decorrência da falta de para-choques nos cavalos-mecânicos. E a mais inusitada de todas, multa pelo fato do desenho de um pneu não ser igual ao outro.
Acho que o caminhoneiro tem que andar “na linha”. Um pneu careca que estoure na estrada pode matar. Assim como um freio desregulado, ou ainda um motorista embriagado.
Mas as multas que foram lavradas nessa tal “Operação Padrão” foram erradas.
A ação só trouxe prejuízos, transtornos aos caminhoneiros e os membros da PRF não divulgarem suas reivindicações. Esse tipo de ação não combina com sua imagem de uma corporação que tem prestado excelentes serviços à população à qual lhe tem o maior respeito e admiração.
Ninguém quer arrumar encrenca com “os homi da lei”. Mas se algum deles tivesse tido a coragem de perguntar em qual artigo estava sendo enquadrado, que lei exige curso MOPP para carregar botijão de 13 quilos, ou obriga os desenhos dos pneus serem iguais, ia causar uma grande confusão.
João disse na bíblia: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, (João 8:32).
Se na ocasião, os caminhoneiros conhecessem a verdade, ela os livraria das multas. Por isso, é importante se atualizar, estudar, ler, se informar. A Polícia Rodoviária Federal é parceira dos caminhoneiros, ajuda, protege, faz um excelente trabalho. Mas, se extrapolar, é preciso que seja alertada, como em uma situação como essa.
Depois de a confusão formada, uma luz de bom senso caiu na cabeça de alguém da PRF e todas as multas sem fundamento legal deixaram de ser aplicadas. Isso é bom, mas não é tudo. Em minha opinião, mostrando humildade e reconhecendo o erro, a PRF poderia simplesmente anular todas as multas indevidas. Afinal, não é justo os protestos da PRF darem mais dor de cabeça e perda de tempo obrigando os caminhoneiros a recorrerem de algo que a própria PRF admite que foi errado. Por que tudo tem que sobrar para os caminhoneiros?
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