O delegado da Deic responsável pela ação, Rodrigo Bortolini, disse que a investigação foi complexa e durou um ano e meio. A identidade do policial civil preso e dos outros envolvidos não foi revelada. Eles tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça em São Miguel do Oeste.Conforme o delegado, o policial civil atua há mais de 15 anos na Polícia Civil, no Oeste. A Deic estima que a quadrilha tenha ao menos sete integrantes, principalmente motoristas. Os cabeças dos crimes são de Riqueza e de Chapecó. Três pessoas estão foragidas.
— Os motoristas contratavam fretes de grãos como soja, milho e feijão e simulavam que eram assaltados no trajeto. O policial fazia os falsos boletins de ocorrência. Teve caso de um mesmo caminhão ser assaltado seis vezes e um mesmo motorista assaltado quatro vezes no intervalo de um ano — relatou o delegado.
Ao longo da apuração, quatro pessoas foram presas. O delegado afirmou que as empresas proprietárias das cargas, que são dos Estados do Sul, não estavam envolvidas. Para a polícia, o desafio é descobrir o destino das cargas desviadas, o que até agora não foi possível. Foram apreendidos dois caminhões e duas carretas. A reportagem não teve acesso aos presos nem aos seus advogados.
Fonte: Diário Catarinense