Total de produtos entregues ao mercado na soma dos meses de janeiro e fevereiro desse ano foi 1,59% superior ao mesmo período de 2024; Alta de juros e restrição ao crédito preocupa segmento de Reboques e Semirreboques
O primeiro bimestre de 2025 apresenta crescimento de 1,59% sobre igual período do ano passado. Em dois meses, a indústria de implementos rodoviários entregou ao mercado 23.762 produtos, ante 23.391 unidades no primeiro bimestre de 2024.
“O segmento Leve surpreende nesse início de ano com todas as linhas de produtos apresentando curva positiva de crescimento”, comenta José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR que completa: “a alta de juros e a restrição ao crédito são fatores de preocupação para o setor Pesado”.
O segmento de Reboques e Semirreboques teve 12.400 unidades emplacadas no primeiro bimestre de 2025, contra 14.562 produtos em igual período do ano passado. Isso representa retração de 14,85%.
“Os juros estão elevados e não há previsão que eles baixem e, junto com o alto custo da produção com a queda do mercado, e de certa forma já existe uma dificuldade de acesso ao crédito que coaduna a um cenário não favorável de curto e médio prazo”, explica Spricigo que adverte: “se não houver reação no mercado de Reboques e Semirreboques vamos ter que alterar nossa previsão para 2025”.
O presidente da ANFIR assinala que a notícia passada pelo setor de agronegócios, que o Brasil terá crescimento de 11,1% na safra de soja 2024/25, mostra que poderá haver recuperação nos negócios.
“Mas ela não é imediata e então precisamos estar atentos e avaliando o desempenho do mercado mês a mês”, afirma o presidente da ANFIR.
Curva positiva
Na soma de janeiro com fevereiro, o segmento de Carroceria sobre chassis registrou 11.362 produtos distribuídos ao mercado. Isso representa crescimento de 28,69% sobre o resultado do primeiro bimestre de 2024 quando foram entregues 8.829 unidades.
“Para a ANFIR o setor segue em direção a patamares mais elevados de vendas dentro de um movimento de recuperação histórica de sua participação de mercado”, avalia Spricigo.
Foto: divulgação
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