Entidade confirma dificuldades de desenvolvimento durante a pandemia e alerta que a não adequação dos prazos pode levar a uma elevação das emissões veiculares.
Quando o assunto é Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), a Anfavea sempre esteve disponível para debater o assunto. A indústria automobilística brasileira valoriza o meio ambiente e procura os melhores métodos para diminuir a poluição ambiental.
Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, faz um convite às entidades e órgãos envolvidos com esse tema. “A Anfavea está aberta para debater e achar a melhor solução para a questão do meio ambiente, mas é bom lembrar que existem também outros fatores importantes, como a renovação de frotas e a Inspeção Técnica Veicular que não podem ser esquecidas”.
A pandemia da covid-19 vem provocando uma série de atrasos nos desenvolvimentos, testes e implementações de tecnologias que permitirão aos veículos brasileiros atender às próximas metas de controle de emissões do Proconve.
A Anfavea tem alertado sobre a necessidade de reavaliar esses prazos de forma realista, transparente e com bom senso e tem sido alvo de críticas injustas de alguns setores.
A entidade já expôs aos órgãos reguladores argumentos ligados aos efeitos sanitários da pandemia que afetaram profundamente as atividades de pesquisa e desenvolvimento do setor automotivo. O único objetivo do pleito é cumprir a lei, como vem sendo feito à risca desde que o Proconve foi criado em meados dos anos 80.
Para isso, é preciso evitar um impasse a partir de 2022 (veículos leves) e 2023 (veículos pesados), quando novas regras de emissões entrarão em vigor para 100% dos modelos vendidos no país.
Os cuidados para a preservação de vidas com a pandemia levaram a adiamentos de quase todas as atividades da sociedade em nível global, como aulas, eleições, competições, eventos culturais e feiras de negócios.
“Nossos profissionais não estão imunes ao coronavírus, por isso este apelo ao bom senso também no nosso caso. Não temos nada a esconder da sociedade. Pelo contrário, temos orgulho de nossas contribuições à melhoria na qualidade do ar, e de todas as novas tecnologias que estamos preparando para dar mais um salto nesse sentido”, afirma Luiz Carlos Moraes.
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