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Produção de caminhões cresce 40,7% e Anfavea apresenta futuro do setor no Brasil

Por Graziela Potenza em 05/09/2024 às 12:01
Produção de caminhões cresce 40,7% e Anfavea apresenta futuro do setor no Brasil

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) anunciou, nesta quinta-feira, 5 de setembro de 2024, em sua sede em Brasília, DF, com a presença de Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC), os números do setor da indústria automotiva. Segundo Eduardo Freitas, vice-Presidente da Anfavea:

"O setor de caminhões vem vivendo um bom momento com sua recuperação. O segmento de veículos pesados comemora o retorno à normalidade após um ano desafiador."

Os números apontam que a produção em agosto foi de 13,1 mil caminhões, representando um aumento de 10,0% em relação a julho de 2024, que foi de 11,9 mil unidades. Comparando agosto de 2024 com agosto de 2023, houve um crescimento de 36,1%. No acumulado, o crescimento também foi significativo: entre janeiro e agosto de 2024, o aumento foi de 40,7% em relação ao mesmo período de 2023.

Em relação ao emplacamento, em agosto de 2024, foram 11,5 mil caminhões emplacados, contra 11,4 mil em julho anterior. Comparando agosto de 2024 com agosto de 2023, o aumento foi de 23,7%. No acumulado entre janeiro e agosto de 2024, foram licenciados 79,6 mil caminhões, contra 70,2 mil no mesmo período de 2023, representando um acréscimo de 13,4%.

Durante a coletiva, foi apresentado um estudo que revelou não apenas a descarbonização do setor automotivo no Brasil, mas também como será o mercado nos próximos anos. O estudo, conduzido pela Anfavea em parceria com o Boston Consulting Group, incluiu 3 mil entrevistas com CEOs, executivos do setor, autoridades governamentais, consumidores e frotistas, além de ter envolvido mais de 5 mil horas de trabalho ao longo de 13 meses.

O estudo aponta que, atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO2 por ano, representando cerca de 13% das emissões totais do Brasil.

"Se continuar no andamento atual, chegaremos a 256 milhões de toneladas em 2040", diz o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

A combinação dos esforços de intensificação das novas tecnologias de propulsão com o maior uso de biocombustíveis pode gerar uma redução de 280 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 15 anos. A pesquisa também indica que, a partir de 2030, mais de 50% dos veículos vendidos terão as novas tecnologias de eletrificação (híbridos e elétricos).

Na visão da Anfavea, medidas complementares poderão evitar a emissão de 400 Mt de CO2 nos próximos 15 anos. Entre essas medidas estão a renovação da frota, inspeção veicular, aumento do poder calorífico dos biocombustíveis e a adoção de programas de reciclagem veicular.

A "Lei do Combustível do Futuro", mencionada por Geraldo Alckmin, está em tramitação no Congresso Nacional e visa promover a transição energética no país, incentivando o uso de combustíveis de baixo carbono. O projeto de lei estabelece diversas metas e programas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa. Entre as medidas, o projeto prevê o aumento gradual da mistura de biocombustíveis, como etanol e biodiesel, na gasolina e no diesel. Por exemplo, a mistura de biodiesel no diesel passará de 14% para 20% até 2030, enquanto o teor de etanol na gasolina poderá chegar a 35%.

"O presidente Lula deve sancionar, nos próximos dias, a Lei do Hidrogênio de Baixo Carbono. O texto tem como objetivo desenvolver o hidrogênio de baixa emissão de carbono e o hidrogênio renovável, além de dar suporte às ações em prol da transição energética, estabelecendo metas claras para o desenvolvimento do mercado interno de hidrogênio de baixa emissão de carbono. Outra medida é o estímulo a projetos relacionados à produção de semicondutores no país", conclui Geraldo Alckmin.

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