Publicado em: 28/11/2011
A montadora acredita que sobreviverão as empresas que focarem suas vendas em mercados em crescimento e aposta em mudança dos hábitos na hora da compra no médio prazo
A montadora líder dentro do mercado brasileiro, com 16,8% de participação nas vendas de caminhões pesados e semi-pesados, se mostrou atenta às mudanças do mundo globalizado quando apresentou na última quinta-feira, 24/11, no Expo Center Norte em São Paulo, o seu plano de negócios para o futuro.
Roger Alm, presidente da Volvo Caminhões Brasil, foi quem deixou bem clara a visão da Volvo Caminhões nas primeiras quatro frases do seminário que ele apresentou no XXI Congresso Fenabrave: "O mundo está mudando. Não podemos mudar a história. Mas podemos influenciar o futuro. Influenciá-lo requer planejamento", disse.
Além de apresentar números impressionantes do final de ano da montadora, que atingiu 25,8% do mercado brasileiro de pesados em Outubro, Roger fez questão de dizer o que quase todos os outros palestrantes do congresso já haviam dito: o momento é do Brasil, mas é preciso estar atento ao cenário externo e andar para frente para que o país passe de emergente a verdadeira potência. E o sueco, que assumiu a presidência da Volvo do Brasil em 2010, parece tão certo do que está dizendo que leva até brasileiros a acreditar tanto quanto ele no crescimento do país no mercado externo.
Ainda no mercado externo, ele acredita que no segmento de caminhões, somente a concorrência com os produtos dos também emergentes China e Índia assustam verdadeiramente. E para manter a liderança do mercado interno a sua receita é simples: focar nos hábitos de compra de uma nova geração de consumidores, que demandam maior atenção pessoal da fábrica na pós-venda, já começam a exigir veículos com maior adequação ambiental e procuram o máximo de informações sobre o produto antes de fechar a compra.
Mas mesmo com tantos fatores de preocupação, a Volvo Caminhões segue em seu status de líder no país e tranqüila por antecipar as mudanças que ocorrerão no mercado futuro. O plano é sólido. Mas a montadora segue atenta por saber que a liderança não é eterna ou o campeonato não terminaria somente nas últimas rodadas.