O Senado aprovou, na quarta-feira (3), a Medida Provisória (MP 1.112/2022) que criou o Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária no País (Renovar) e tem entre seus objetivos tirar de circulação ônibus e caminhões no fim da vida útil. Ver matéria no nosso site Senado aprova MP para renovação de frota de caminhões, publicada no dia 04.
Durante a coletiva da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), dia 5, Gustavo Bonini, vice-Presidente da Anfavea, enfatizou que agora todos estão aguardando a aprovação do Executivo e do detalhamento do Renovar através de um decreto, ou seja, como irá funcionar. “A expectativa é que entre em vigor o quanto antes e que a sociedade possa aproveitar todos os benefícios”.
Gustavo Bonini, vice-Presidente da Anfavea
Gustavo Bonini lembra que “o Brasil tem uma frota de caminhões muito envelhecida. Existem mais de 450 mil caminhões com mais de 25 anos. Essa frota antiga custa à sociedade mais de R$ 62 bilhões/ano. Isso influencia nos custos e no maior número de pessoas com problemas respiratórias, causados por esses veículos de tecnologias ultrapassadas; a falta de manutenção envolve a questão de segurança ocasionando mais acidentes; e o excesso de trânsito etc. A gente sabe que o caminhoneiro não irá conseguir renovar para o caminhão 0km, mas a expectativa é que esse profissional gradualmente e ao longo do tempo troque seu veículo por um mais novo. Assim, teremos a redução da idade média da frota brasileira que é bastante alta”.
Por outro lado, Bonini reforça que a indústria nacional está investindo forte na questão da descarbonização. “Temos tecnologias de caminhões elétricos, híbridos, a gás, metano, diesel verde, entre outros e não faz sentido termos no país uma frota envelhecida. É a jornada da sustentabilidade que trata do Renovar. Esse programa é voluntário”, finaliza.
Foto: divulgação
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!
