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Rotas internacionais

Por Revista Caminhoneiro em 25/04/2019 às 11:08
Rotas internacionais

Muitos caminhoneiros têm o desejo e o sonho de percorrer essas rotas. Saiba como esses profissionais são escolhidos. 

A Revista Caminhoneiro entrou em contato com a Braspress por ser uma empresa experiente e conhecida internacionalmente. Seus caminhões percorrem estradas da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e do Chile, transportando calçados, cosméticos, autopartes, autopeças, embalagens e pneus.

Segundo Rosângela Palmeira Gastalho, general Manager COMEX Braspress Internacional, o número de caminhões da frota própria alcança um total de 2.038 veículos, sendo 91 veículos permissionados para o transporte internacional.

“Além disso, atualmente, temos em torno de 400 agregados para atender o mercado interno, porém no internacional, utilizamos somente frota própria e motoristas CLT”, diz Rosângela Gastalho.

A executiva explica que os motoristas são escolhidos para fazer rotas internacionais segundo sua postura, desenvolvimento na conversa, conhecimento, comprometimento e experiência.

“Esses profissionais passam por capacitação em nossa matriz, no simulador de direção e passam por integração nos setores nos quais terão envolvimento: Gerenciamento de Riscos, Frota, Manutenção, Consumo de Diesel, Telemetria, ou seja, por todos os departamentos que os acompanham diariamente, 24 horas por dia”.

A Braspress Internacional está atenta com as legislações de cada país. “Verificando a legislação vigente de cada local, adequando os equipamentos com os acessórios necessários para circulação em cada território. Utilizamos o monitoramento através da Telemetria, onde temos o histórico de todas as viagens. Registramos a velocidade a cada 2 minutos, que é coletada da rede CAN do veículo, uma rede de comunicação interna entre módulos que geram informações criptografada. No caso das multas, quando chegam, é verificado de imediato a velocidade no dia e hora na ocorrência para avaliar a veracidade do registro. “Já tivemos casos de identificar radares descalibrados marcando de forma incorreta”, diz.

O caminhoneiro Rogério Fagundes é um desses motoristas que há 26 anos faz rotas internacionais para a empresa. Ele dirige um Mercedes Benz 1933 percorrendo estradas de Porto Alegre a Buenos Aires e vice-versa. Na carroceria do seu caminhão transporta, com todo cuidado, calçados, peças automotivas, pneus e cosméticos.

Rogério Fagundes explica que hoje, a maior dificuldade acaba sendo a mobilidade, a falta de infraestrutura, a existência de locais inseguros para descanso e investimentos nas condições da rodovia. Mas por outro lado, as vantagens são inúmeras como o enriquecimento cultural, conhecimento social, povos diferentes, a culinária de cada local, a história do país onde viajo e a interação.

“A dica que sempre dou para os meus colegas de profissão é sempre respeitar a vida, respeitar as leis de trânsito, dirigir defensivamente, contemplar as paisagens, viajar e gostar do que faz. Isso tudo é muito importante para o motorista que deseja viajar internacionalmente”, fala Fagundes ressaltando que uma viagem dura em média 10 a 15 dias.

Características dos países

A Argentina possui a segunda maior economia da América do Sul, ficando atrás apenas do Brasil. Apresenta como pontos positivos uma grande quantidade e variedade de recursos naturais, boa infraestrutura, população alfabetizada, trabalhadores qualificados e base industrial diversificada. A região mais industrializada fica na capital (Buenos Aires). Destaque para as indústrias de produtos alimentícios, tecidos e de automóveis.

A agricultura é outro destaque econômico da Argentina, sendo voltada principalmente para o mercado externo. A pecuária, voltada principalmente para a produção de carne, também é uma importante atividade da economia do país.

O Paraguai possui uma das economias que mais crescem no continente americano. Há 20 anos atrás, o país enfrentava sérias dificuldades econômicas, porém, a reestruturação das últimas duas décadas está apresentando resultados extremamente bons. Investimentos estrangeiros em vários setores da economia, principalmente em agricultura, trouxeram resultados positivos ao país. A economia paraguaia já não é mais dependente das atividades informais e da venda de energia para o Brasil.

O Uruguai tem como principais setores econômicos a indústria, pecuária, turismo, tecnologia e agricultura. Principais produtos agropecuários produzidos: carne bovina, soja, celulose e papel, arroz, madeira, trigo, produtos derivados de leite e peixes. Já os principais produtos industrializados produzidos são alimentos processados, máquinas elétricas, equipamentos de transporte, produtos derivados de petróleo, tecidos e produtos químicos.

O Chile tem como principais setores econômicos a indústria, agricultura, mineração (principalmente cobre) e turismo. Os principais produtos agropecuários produzidos são uvas, maçãs, peras, cebolas, trigo, milho, aveia, pêssego, alho, feijão, carne, frango, lã e peixes. Os principais produtos industrializados produzidos são cobre, lítio, alimentos, processamento de pescado, ferro e aço, produtos de madeira, equipamentos de transporte, cimento e tecidos. O Chile é muito conhecido também pelos seus produtos exportados como, frutas, cobre, peixes, papel, azeitonas, vinho e produtos químicos. Por outro lado, ele importa petróleos e derivados, produtos químicos, máquinas industriais, equipamentos elétricos, automóveis e equipamentos eletrônicos.

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