Overhaul estima que aproximadamente 23% dos roubos tiveram como alvo o transporte de mercadorias compradas em lojas virtuais
De janeiro a março deste ano, o Centro de Inteligência da Overhaul, empresa de gerenciamento de riscos e visibilidade da cadeia de suprimentos independente de dispositivos, registrou 3.639 roubos de cargas. Isso representa uma média de 1.213 casos por mês. Das ocorrências totais, 93.86% foram violentas.
O relatório da Overhaul aponta ainda que aproximadamente 23% dos roubos ocorridos em todo o país no primeiro trimestre de 2024 tiveram como alvo o transporte de mercadorias compradas em lojas virtuais.
“Essa estatística mostra como o aumento das compras pela internet no Brasil consequentemente aumentou a exposição das cargas nas operações de transferência e distribuição”, explica Reginaldo Catarino, Gerente de Inteligência da Overhaul Brasil.
Apesar de os números permanecerem altos, o estudo indica que este é o menor registro de roubos de cargas no primeiro trimestre no país desde 2021, quando atingiu 4.104 ocorrências - em 2022, foram 4.177, sendo o recorde em 2023, com 4.585.
Os índices gerais de roubo e furtos de cargas no país estão mais baixos, todavia, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, registraram aumento nas ocorrências. As notificações nos três estados correspondem a 86% do total do país.
“Na comparação entre 2023 e o primeiro trimestre de 2024, a porcentagem de casos se manteve estável em São Paulo, em 44%. Já no Rio de Janeiro, subiu de 27% para 35%, e em Minas Gerais de 4% para 7%. Enquanto a região sudeste impulsionou os números e tiveram crescimento de eventos, as demais partes do país tiveram queda contribuindo para a porcentagem geral do país”, explica o gerente de Inteligência.
A maioria das ações (59%) são realizadas em ruas das cidades, 38% em rodovias e 3% em armazéns e centros de distribuição. Os dias e horários preferidos são terça, quarta e quinta-feira, entre 06h e 18h.
Produtos mais roubados
Caminhões com produtos diversos como alimentos e bebidas, tabaco e peças de veículos estão na lista de carregamentos mais roubados.
No topo da lista de cargas mais visadas pelas quadrilhas que atuam no Brasil, segundo o relatório da Overhaul, estão os caminhões com carregamentos diversos, ou cargas “miscelâneas”, com 44% das ocorrências. Em seguida, estão as cargas agrícolas, como sementes e agrotóxicos (12%); eletroeletrônicos (11%); tabaco e alimentos e bebidas (7%); veículos e autopeças (6%); e bebidas alcoólicas (3%).
Reginaldo explica que “a escolha dos criminosos por alguns itens está ligada à facilidade de abordagem e comercialização das mercadorias junto aos receptadores de cargas roubadas”.
Metodologia da pesquisa
O Departamento de Inteligência da Overhaul faz o acompanhamento diário de casos registrados em diversos países, incluindo o Brasil, e aqui, a empresa compara as informações oficiais divulgadas pelos órgãos oficiais como Secretarias de Segurança e Polícias Rodoviárias dos 26 Estados e do Distrito Federal com dados de empresas de segurança, transportes e tecnologia de inteligência de dados. O Departamento consegue reunir informações de fontes variadas até produzir uma amostra significativa de eventos de roubos de carga que permite realizar análises estatísticas. O Departamento consegue reunir informações de fontes variadas até produzir uma amostra significativa de eventos de roubos de carga que permite realizar análises estatísticas. Todas essas informações são processadas e analisadas para eliminar dados ausentes ou duplicados e para obter um banco de dados consistente.
LEIA TAMBÉM:
Fotos: divulgação
Nenhum comentário. Seja o primeiro a comentar!