O ideal é adquirir produtos homologados pelas montadoras que têm custo menor e qualidade semelhante às originais e genuínas. Conhecer as características e a rotina do veículo também é importante
Em um país com economia instável, como o Brasil, é natural que as pessoas coloquem o preço como item número um em uma negociação. Não há nada de errado em economizar, mas em certas situações é necessário saber se a comparação de preços está sendo feita com base em parâmetros corretos.
É o caso de peças de reposição para caminhões. Além do valor, é preciso ter em mente aspectos como durabilidade e segurança. Adquirir um produto de procedência duvidosa apenas porque custa menos pode resultar em problemas posteriores, alguns de alta gravidade.
O proprietário do veículo precisa ter consciência de que o valor da peça não é o único custo da reposição. Há também o preço da mão de obra. Havendo uma quebra ou desgaste antes do tempo previsto, além de ter de pagar de novo por uma nova peça, será preciso desembolsar mais dinheiro pelo serviço de troca.
Não que o custo financeiro não tenha de ser considerado. Ele é importante. Mas há outros fatores que devem ser considerados e práticas a serem adotadas para que o proprietário do veículo tome decisões preventivas e não reativas, ou seja, somente quando o problema aparece.
"Prática a ser adotada" é um termo que significa observar as características do veículo em si e também do uso que é feito dele, das condições em que ele trabalha todos os dias. Esse acompanhamento permite saber quais peças se desgastam mais rapidamente. Outro exemplo, se o caminhão roda constantemente em estradas ruins é possível deduzir que logo haverá necessidade de revisão da suspensão e dos pneus. Um caminhão que constantemente desce a serra em sentido litoral possivelmente terá maior manutenção com o sistema de frenagem do que um que só circula em regiões planas.
Portanto, esse acompanhamento, além de segurança em todos os sentidos, dá ao proprietário, seja ele dono de uma frota ou um caminhoneiro autônomo, tempo para planejar a aquisição das peças, pesquisando a peça de reposição não só com base no preço, mas também na qualidade.
E aí entra o segundo ponto, muito importante. Na hora da compra é preciso evitar marcas desconhecidas e cuja embalagem não contenha dados claros do produto e do fabricante. É preciso também tomar cuidado com promoções e preços muito abaixo do normal, assim como verificar se o produto tem bom aspecto visual e se não é recondicionado. Por fim, observar se o produto vem com certificado de garantia. Alguns itens, por causa da legislação, têm de ter o selo do Inmetro como é o caso de pastilhas e sapatas de freio e pneus. Todo esse cuidado reduz a possibilidade de quebras durante uma entrega, o que ocasionaria prejuízos financeiros, e aumenta a segurança do veículo nas estradas.
Mas com tantas marcas disponíveis no mercado, como saber qual é de boa qualidade e qual não é? A recomendação é fazer manutenção usando peças homologadas de fabricantes independentes. Elas são mais baratas e possuem a mesma qualidade das peças genuínas (que levam a marca da montadora) e das peças originais (fabricadas pelos fornecedores, mas sem a marca da montadora). “Um produto homologado é aquele que a fabricante do caminhão testou e aprovou”, afirma Hovani Argeri, diretor geral de Operação da Via Trucks, concessionária DAF com unidades em Contagem (MG), Guarulhos (SP) e São Bernardo do Campo (SP).
O executivo explica que a Via Trucks, por exemplo, trabalha com peças genuínas e originais, mas também oferece uma linha completa de peças de reposição da marca TRP, homologada pelas mais diversas marcas de caminhões que circulam pelas vias nacionais. “A TRP é uma empresa do grupo DAF, que fornece peças de reposição em âmbito internacional para a DAF e para outras marcas. Conta com um portfólio amplo para caminhões extrapesados, pesados, semipesados e leves da própria DAF e de outras montadoras. Aqui no Brasil a marca oferece um ano de garantia em suas peças, o que gera segurança na hora da reposição”.
Foto: divulgação
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