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Safra 2024: entenda as dificuldades e a importância dos caminhões para o transporte de grãos

Por Equipe RC em 28/04/2024 às 05:55
Safra 2024: entenda as dificuldades e a importância dos caminhões para o transporte de grãos

A última projeção para a safra de grãos de 2023/2024 indica uma diminuição na produção, atribuída aos impactos significativos do fenômeno El Niño. Diante desse cenário desafiador, a circulação eficiente de caminhões é essencial para assegurar que o Brasil continue a ser um protagonista no mercado agrícola mundial.

A sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no início de abril, aponta que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8% à obtida na temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas. Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país. Isso impactou na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha.

Com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda e terceira safra, bem como às culturas de inverno. O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo. Comparativamente à previsão anterior da Companhia, divulgada no início de março, há uma redução na produção total de 1,52 milhão de toneladas, com as maiores quedas observadas no milho, 1,79 milhão de toneladas, e na soja, 336,7 mil toneladas. Por outro lado, arroz, algodão, gergelim, sorgo, e, principalmente, feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao último levantamento.

Com os trabalhos de colheita avançados nos principais estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior. Tal redução se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, ocasionando atraso do plantio e perdas na produtividade.

Principal cultura cultivada na segunda safra, o milho tem produção total estimada em 110,96 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra, publicado pela Conab, os trabalhos de colheita da primeira safra do cereal, quando é esperada uma produção de 23,36 milhões de toneladas, atingem 51% da área cultivada. Já a semeadura da segunda safra está praticamente finalizada. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, assim como em Goiás e Minas Gerais. Porém, em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a redução das precipitações em março provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas, comprometendo o seu potencial produtivo. Nas demais regiões produtoras, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar do atraso no plantio. A estimativa para a segunda safra de milho está em 85,62 milhões de toneladas.

No caso do feijão, que possui 3 ciclos de cultivo dentro da temporada, a expectativa é que a segunda safra tenha um acréscimo de 18,4% na produção, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas. Esse bom desempenho contribui para o abastecimento interno de um importante produto consumido pelos brasileiros, uma vez que a atual estimativa para a leguminosa é de uma produção total de 3,2 milhões de toneladas. Também é verificado um cenário de recuperação para o arroz. Com a área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% superior à da safra anterior, estima-se uma produção em 10,57 milhões de toneladas, 5,3% acima da obtida no ciclo anterior.

A área cultivada de algodão também registra crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras e a previsão é que sejam colhidas cerca de 3,6 milhões de toneladas de pluma, alta de 13,4%. Para o trigo, a estimativa atual indica uma produção de 9,73 milhões de toneladas.

Transporte 

O transporte dos grãos é uma etapa crítica que começa com a colheita e segue para os centros de armazenamento e, posteriormente, para os portos. O Brasil, dada a sua vasta extensão territorial, depende principalmente de rodovias para o transporte inicial. No entanto, a malha rodoviária muitas vezes enfrenta desafios como congestionamentos e condições precárias em certas regiões, o que pode atrasar a chegada aos armazéns e portos. Nos últimos anos, tem-se observado um aumento significativo no uso de ferrovias para o transporte de grãos, especialmente para percursos mais longos. As ferrovias oferecem uma alternativa mais sustentável e de menor custo em comparação com o transporte rodoviário, além de reduzirem o risco de perdas e danos durante o trajeto.

O armazenamento adequado é fundamental para manter a qualidade dos grãos antes de serem exportados ou vendidos no mercado interno. Os silos de armazenamento devem oferecer condições controladas de umidade e temperatura para evitar a deterioração e contaminação dos grãos. Espera-se que mais investimentos sejam feitos em tecnologias de armazenamento inteligente, que utilizam sensores e automação para monitorar e ajustar as condições de armazenamento em tempo real.

Mas há mais aspectos que refletem diretamente. O atraso na safra de grãos e o comportamento de recuo no preço do litro do diesel estão entre os principais fatores da baixa no preço médio do frete por quilômetro rodado em março, de acordo com dados da mais recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR). A média nacional foi de R$ 6,20 em redução de 1,4% ante fevereiro. 

“Fechamos o primeiro trimestre de 2024 com uma queda acumulada de 2,5% no preço médio do frete por quilômetro rodado. Já no comparativo com março de 2023, quando o valor estava a R$ 7,97, a redução no preço chega a 22%”, destaca Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom. 

De acordo com pesquisa realizada no início de abril pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), há uma projeção de que poucos produtores de soja do estado consigam cobrir os custos com a lavoura. O Centro-Oeste foi a região brasileira mais afetada pelas altas temperaturas e estiagem, que impactou diretamente o setor agro. 

O preço do diesel, item que compõe uma grande fatia do preço do frete, também segue tendência de redução no País. Segundo a análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum fechou março a R$ 5,96 e o S-10 a R$ 6,07, ambos com redução de 1%, em relação a fevereiro. Já no acumulado do trimestre, o comportamento de preço do combustível registrou pequenas oscilações percentuais, entre recuos e altas. 

“Nos próximos meses, as variações no valor do frete devem continuar refletindo o desempenho de determinados setores da economia, principalmente o agronegócio, além de fatores como preço do combustível, que segue em defasagem com o mercado internacional”, reforça Fernandes.

O IFR é um índice do preço médio do frete e sua composição, levantado com base nas 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. A Edenred Repom, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, há 30 anos é especializada na gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga, líder no segmento de pagamento de frete e vale-pedágio com 8 milhões de transações anuais e mais de 1 milhão de caminhoneiros atendidos em todo o Brasil.

Portos

Os portos são os grandes distribuidores dos grãos brasileiros para o mercado global.

Os portos como Santos, Paranaguá e Rio Grande são estratégicos para a exportação de grãos, e melhorias nestes pontos podem significativamente acelerar o processo de embarque e reduzir custos logísticos. Além disso, a integração entre modais de transporte, facilitando a transferência de grãos das ferrovias e rodovias para os navios, é um ponto chave para otimizar toda a cadeia logística.

Segundo o presidente da Autoridade Portuária de Santos  - APS, Anderson Pomini, a Autoridade Portuária de Santos para a maior comunidade e agilidade logística há o agendamento, para que os caminhoneiros não venham para o porto sem que haja agendamento prévio. Os Terminais Portuários, que movimentam granel sólido de origem vegetal para exportação, só poderão permitir o sequenciamento do agendamento com no máximo 06 (seis) horas da emissão da Nota Fiscal.

Anderson Pomini explica que as questões climáticas, mais especificamente os tempos chuvosos, causam impacto direto na operação portuária, uma vez que não é possível efetuar a movimentação de granéis sólidos, de origem vegetal, em dias de chuva.

“Uma vez que há um impacto direto na operação quando ocorrem chuvas, os terminais devem diminuir as cotas programadas para o período, de forma que os caminhoneiros não tenham que esperar tempo excessivo para descarga”, diz.

Em 2021 foi realizado estudo “Impactos e Riscos da Mudança do Clima nos Portos Públicos Brasileiros” em parceria da ANTAQ e GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional). No estudo foram identificados riscos de vendavais, tempestades e aumento do nível do mar para os portos do Brasil, tendo o Porto de Santos ficado em 3º lugar para os riscos de vendavais e em 4º lugar para o aumento do nível do mar.

Devido à sua importância no cenário nacional, o Porto de Santos foi escolhido para aprofundar os estudos numa segunda etapa, realizada em 2022, com estudo específico para o Porto de Santos, intitulado “Levantamento de Risco Climático e Medidas de Adaptação para Infraestruturas Portuárias”. O estudo indicou que “as ameaças de maior probabilidade de ocorrência, tanto no período atual quanto no futuro, no Porto de Santos, são Chuva Persistente, Chuva Forte e Vento Forte”. Entretanto, conclui que “não existem infraestruturas sob risco estrutural ou operacional ‘alto’ no Porto de Santos. As interações que apresentam risco ‘médio’ também não alteram seu grau de risco conforme se avança no tempo, apesar do aumento da probabilidade de ocorrência de algumas ameaças”. Ademais, faz algumas recomendações: “De modo geral, o risco estrutural é baixo para a maioria das interações entre as ameaças e estruturas portuárias. Esse resultado está relacionado às características construtivas e de operação das infraestruturas e equipamentos que já foram dimensionados para suportar as cargas operacionais dentro de limites de condições climáticas adversas, além de condições de segurança estabelecidas pelo projetista. No entanto, essa realidade pode estar mudando pouco a pouco, uma vez que eventos climáticos extremos podem ultrapassar a carga operacional na qual os equipamentos e infraestrutura foram dimensionados. A adaptação dos equipamentos, máquinas e infraestruturas que considerem tecnologias mais modernas e que resistam melhor às condições de umidade, poderá prevenir paralisações e prejuízos financeiros significativos ao porto”.

Segundo Anderson Pomini, atualmente, o grande desafio é a logística rodoviária, visto que a infraestrutura para acesso rodoviário ao Porto de Santos está saturada. A já citada NAP que regula os agendamentos de cargas que chegam por caminhão busca evitar congestionamentos e fazer com que toda a demanda seja atendida sem transtornos para os clientes, o Porto e as cidades da região.

A sustentabilidade é uma meta prioritária. Como administradora do Porto Organizado de Santos, a Autoridade Portuária vem buscando atuar cada vez mais em ações vinculadas ao bem estar das pessoas e preservação do meio ambiente. Estas são algumas das frentes que a APS vem trabalhando: Consolidação da Plataforma ESG no Planejamento Estratégico da Companhia, com foco em uma nova relação com os entes impactados pela atividade portuária (partes interessadas) orientada para valor e sustentabilidade, a fim de mitigar impactos e fomentar o desenvolvimento sustentável regional e nacional. O pilar da Sustentabilidade possui três temas estratégicos: “Proteção de recursos naturais”, “Mudanças climáticas (ODS 13)” e “Gestão ambiental portuária”. Destaque para iniciativas estratégicas visando a promover ações de combate às mudanças climáticas; em alinhamento ao Planejamento Estratégico 2021-2025, a APS lançou o Programa Navios Verdes, prevendo desconto tarifário para as embarcações com cadastro e pontuação positiva no Índice Ambiental de Navios; concessão de desconto tarifário para operadores no Porto de Santos por meio do Índice de Eficiência e Sustentabilidade Portuária (Iesp). O desconto se aplica à tarifa que remunera a infraestrutura operacional ou terrestre e levará em conta a pontuação do operador portuário no Iesp nas categorias Regularidade Contratual, Operacional e Ambiental. O desconto será aplicado considerando-se os percentuais baseados na escala de pontuação do Iesp, podendo chegar em até 20% de desconto.

Em linha com a tendência portuária mundial e atendendo à necessidade de aprofundar sua aplicação no Porto de Santos, a APS incorporou em seu Plano Estratégico o tema da inovação. Desde o estabelecimento da NAP de Inovação, a APS celebrou quatro parcerias com startups que vêm desenvolvendo soluções para os mais diversos desafios enfrentados pelo Porto de Santos, especialmente na melhoria e eficiência da logística e operação portuária, de modo a reduzir significativamente as emissões de carbono na atmosfera. A primeira das parcerias foi com as empresas Wilson Sons e DockTech, por meio da qual foi desenvolvida uma plataforma capaz de criar um Gêmeo Digital (Digital Twin) do canal do Porto de Santos, apresentando dados de batimetria sempre atualizados, possibilitando o monitoramento da profundidade do canal de navegação em tempo real. Além disso, a plataforma identifica padrão de assoreamento, antecipa a necessidade de dragagem e aumenta a segurança das navegações. Também se celebrou parceria com a empresa I4Sea visando ao desenvolvimento de um sistema que utiliza modelos matemáticos que ajudam a manter o controle do planejamento com previsões marítimas e meteorológicas hiperlocais, traduzidas em impactos e riscos para as operações. Esse sistema possui cinco mil vezes mais resolução do que as previsões gerais, duas vezes mais precisão do que as previsões genéricas e trouxe uma melhoria significativa na tomada de decisões operacionais, como por exemplo o fechamento de porão de navios e a previsão de entrada e saída de embarcações. Também está em desenvolvimento um módulo para reporte de eventos climáticos extremos que paralisem a navegação ou operação portuária, para o devido acompanhamento e registro.

Além de soluções operacionais, também foram realizadas parcerias para inovação em logística. A empresa LogShare utiliza dados do sistema de agendamento da APS e os integra com o sistema de compartilhamento de rotas da própria empresa, para dar suporte às operações, evitando que caminhões façam viagens vazios, o que ocasiona na diminuição do consumo de combustível e a consequente emissão de gases de efeito estufa. Também se concretizou parceria com a empresa NavalPort, que desenvolve uma plataforma inteligente de gestão aquaviária, utilizando a integração de agendamento de navios, estações AIS (Automatic Identification System) com notificações, para automatizar o fornecimento de conhecimento situacional, em tempo real, do status das etapas, para a comunidade portuária de interesse. Isso otimiza o processo de agendamento de navios, e cria um sistema capaz de utilizar algoritmos para monitorar a presença de embarcações em áreas de interesse e diferencias as etapas do processo de atracação.

Outros portos fortes no escoamento de grãos são os localizados no Estado do Paraná.

“A previsão, mesmo com diversos anúncios de quebras pelo país, é positiva. A produção do Paraná vem sinalizando bons números agora na colheita, e teremos plena capacidade de absorção de outros estados como MS, SC, e RS. 2023 foi o melhor ano de nossa história, com 65 milhões de toneladas movimentadas, e seguimos confiantes que atingiremos excelentes resultados em 2024”, destacou o diretor-Presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

“Obras em infraestrutura, tanto marítimas quanto terrestres, e melhorias em inteligência logística alavancaram nossa capacidade. Além disso, desde 2019 investimos em dragagens, derrocagem e novos arrendamentos, permitiram a expansão da capacidade do porto de forma significativa, resultando em excelentes números de movimentação”, afirmou Garcia.

“Tivemos um ano muito chuvoso em 2023, e mesmo assim, obtivemos uma excelente movimentação. Agora para 2024, sabemos de nossa capacidade e eficiência mesmo com adversidades climáticas, o que não afetará nosso resultado”, afirmou o diretor de operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira.

Segundo Vieira a demanda foi o principal desafio. “Sabíamos do volume que seria operado pelos nossos portos e administrá-lo em concomitância com outros segmentos além dos graneis sólidos, foi desafiador para o time operacional. O clima também impactou. Tivemos 30% do ano paralisado pelas chuvas e ventos fortes, o que impacta a produção. Trabalhar com eficiência foi fundamental, mas sempre com o foco na segurança”. 

A Portos do Paraná estimula a atracação de navios verdes e investe na descarbonização não apenas no escoamento da safra como em toda a comunidade portuária. Em 2023, foram investidos R$ 29,6 milhões em programas sociais, ambientais e obras no litoral paranaense. A empresa pública também é signatária da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos e do Green Ports Partnership (Parceria para Portos Verdes). Devido ao destaque em ações socioambientais portuárias, o Porto de Paranaguá é único porto a ser convidado para o evento anual da Conferência das Partes (COP), realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas, além de ser o único Porto Público no Brasil com a certificação Ecoports, referência internacional na área da gestão ambiental portuária.

O pátio de triagem, estrutura pública onde os caminhões que operam nos Corredores de Exportação Leste e Oeste devem realizar a classificação, possui uma estrutura interna segura, provendo banheiros com espaço para banho, além de cantina para alimentação.

Além disso, a nova concessão das rodovias no Paraná, atenderá toda infraestrutura nas 2 principais vias de acesso ao Porto, gerando maior segurança viária aos usuários até os portões do Porto de Paranaguá. A atual capacidade do pátio é de 1.000 caminhões estáticos. Em 2023, receberam mais de 2.500 caminhões no mesmo dia no pico de safra, sem incluir as estruturas dos terminais privados.

A safra de grãos de 2023/2024 coloca o Brasil em uma posição de destaque no mercado agrícola global. Para aproveitar ao máximo essa oportunidade, é essencial que haja uma coordenação eficaz entre todos os setores envolvidos na cadeia logística de grãos. Isso inclui não só aprimorar as práticas de transporte e armazenamento, mas também garantir que os portos estejam preparados para lidar com a crescente demanda. A sinergia entre esses elementos será decisiva para o sucesso do Brasil no comércio internacional de grãos.

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Fotos: Divulgação

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