A revista Caminhoneiro entrevistou Iêda Maria A. Oliveira, diretora Comercial da Eletra, empresa responsável pelo e-Retrofit.
Um caminhão pode ser retrofitado desde zero até 12 anos. “Acima desta idade, devemos avaliar a operação e o desgaste dos componentes de chassi”.
De acordo com a executiva, a primeira etapa é entender a operação para determinar a viabilidade técnica comercial do e-Retrofit.
A medida inicial é analisar o modelo, PBT e fabricante do veículo a ser transformado. Depois, o tipo de operação, quando serão avaliadas a necessidade e as condições operacionais, como perfil da rota, autonomia, recargas de oportunidade, tempo de operação etc.
Na sequência, a viabilidade técnica, como a distribuição de carga, carga líquida, autonomia com e sem recargas de oportunidade etc.
Por último, a proposta comercial, que avalia o investimento e o prazo.
Homologada a primeira unidade, as demais são de rápida produção (desmontagem e integração dos sistemas de tração), em torno de três dias, sempre dentro do cronograma de disponibilidade de componentes e necessidade do cliente.
“Temos capacidade para entrega de 40 unidades retrofitadas/mês, e podemos ampliar conforme a demanda”, diz Iêda.
Segundo a diretora da Eletra, o e-Retrofit tem custo 30% inferior ao de um caminhão elétrico novo com as mesmas características.
Mas o grande apelo ambiental do e-Retrofit é a interrupção do ciclo de emissões, pois o operador logístico deixa de vender um caminhão “velho” e poluente para o mercado.
A vida útil de um caminhão no mercado brasileiro é, em média, de 20 anos.
O e-Retrofit interrompe o ciclo de emissões e deixa de transferir “grandes poluidores” para o mercado de segunda vida.
Veja na ilustração as peças que saem e entram no processo:
Muitos devem estar perguntando: como fica a autonomia do veículo?
Depende do estudo de carga e das opções de recarga. Para os caminhões urbanos, essa autonomia varia de 50 km a até 150 km sem recarga.
Já existem modelos retrofitados com PBT de 7t, 9t, 11t, 13t e 23t.
Quanto às vantagens, acompanhe a ilustração abaixo:
A diretora comercial da Eletra explica que o kit de tração tem vida útil superior a 15 anos.
Já as baterias são avaliadas por “perda energética”. A estimativa é que elas declinem para 80% da capacidade total no oitavo ano de uso.
Em relação à manutenção, pode haver treinamento de equipe própria ou contrato de serviços de manutenção.
Fotos: Eletra divulgação
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