Transporte Rodoviário: qual é o verdadeiro retorno de investimento que os pedágios oferecem?
Por Revista Caminhoneiro em 29/06/2016 às 00:03
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Quem vive do transporte rodoviário no Brasil sabe o peso dos pedágios no bolso. Veja quais são os resultados desse investimento
O transporte rodoviário, principalmente o de cargas, sem dúvidas é uma atividade de extrema importância para economia do Brasil.
Segundo a Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Minas Gerais (Fetecemeg), dos 1,2 milhão caminhoneiros registrados na Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), 60% estão nas rodovias brasileiras transportando carga.
Mas quem atua nessa modalidade se depara com gastos como os do pedágio, o qual gera uma dúvida: qual é o retono de investimento que o usuário tem ao contribuir com essas tarifas?
Para responder essa questão vamos analisar qual o destino previsto para o dinheiro e quais são os resultados que se encontram nas estradas.
Para onde o investimento deve ir?
A expectativa é de que o valor acumulado das tarifas de pedágio seja destinado para obras de melhorias para o transporte rodoviário, como:
Duplicação de trechos da estrada
Manutenção da via
Construções de novos trechos
Custos com atendimento nas rodovias
Além do valor arrecadado nas praças de pedágios, há também a possibilidade de investimento por meio do governo, que é responsável por fazer as auditorias das concessionárias de iniciativa privada que administram as rodovias.
Em 2015, por exemplo, o governo anunciou o investimento de R$31,2 bilhões em dez estados, um total de 4,3 mil quilômetros de estradas, para o ano de 2016, como parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL).
Como os usuários podem perceber essas melhorias
Um dos principais retornos de investimento nos pedágios são as obras que melhoram a sinalização das estradas, a segurança e, principalmente, o tráfego.De acordo com o Relatório Anual de 2014 da Agência Nacional de Transportes Terestres, das 578 obras indicadas em oito concessões, 317 foram concluídas e 139 estavam em execução. Um dos principais impactos dessas ações no transporte rodoviário é a fluidez que se obtém.
Alguns exemplos de melhorias iniciadas no ano de 2014, que constam no relatório são:
A duplicação na BR-116/BA, no trecho Feira de Santana – BR-242/BA. Dos 68,8 km foram executados 40,41 km.
A construção do Contorno de Florianópolis na BR-101/SC. Dos 49 km previstos, houve uma execução de 20,14%.
A execução 76%, de um total de 19,6 km, da implantação da 4ª Faixa da BR-290/RS
Ficar sempre atento aos processos em andamento ajuda não só a saber a aplicação do dinheiro investido, como também a criar uma espécie de rota que identifica qual é a situação das estradas, se há ou não obras no meio do caminho e qual trajeto será melhor.
5 pedágios mais caros do Brasil
Como se sabe, há uma variação de tarifas entre pedágios, pois o valor é definido por fatores como carga tributária, necessidade de investimento para cada rodovia, modelos de concessões federais e estaduais que são aplicados de forma diferente, entre outros.
Para quem atua no transporte rodoviário, é muito importante ficar de olho nesses preços. Fizemos uma pesquisa e encontramos 5 pedágios que estão entre os mais caros do Brasil:
*Dados disponibilizados pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias. Os valores são para carros e caminhões de dois eixos
Você sabia...
A tarifa para caminhões, carros e motos é definida, entre outros fatores, pelo impacto que cada um exerce no pavimento. Os veículos também são cobrados pelas concessionárias pelo atendimento disponível na rodovia. Dê sua opinião sobre o retorno de investimento oferecido pelos pedágios. Você consegue enxergar os benefícios?Baixe grátis o infográfico Guia de segurança nas estradas:Referências BibliográficasAutoPista Litoral SulFetcemgwww.brasil.gov.brwww.abcr.org.br